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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Quadrilha frauda vestibulares no país há mais de 20 anos, diz delegado

O delegado da Polícia Civil Jeferson Botelho disse que a quadrilha presa neste último domingo (23), durante o vestibular de medicina da Faculdade de Ciências Médicas em Belo Horizonte, atua há mais de 20 anos no país, praticando fraude em processos de seleção. A declaração foi dada nesta segunda-feira (24), em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Segundo o delegado, o grupo fraudou ainda o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012, 2013 e 2014.
Trinta e três pessoas foram detidas pela Polícia Civil na Operação Hemostase II, durante o processo seletivo da Faculdade de Ciências Médicas, na capital mineira, no domingo (23). Investigadores ainda fizeram diligências em Teófilo Otoni, no Vale de Mucuri, e em Governador Valadares, no Leste de Minas, além da cidade do Guarujá, no litoral de São Paulo. A investigação é feita há oito meses. A quadrilha é suspeita de vender resultados de provas do Enem e do processo seletivo da faculdade de medicina para candidatos através de micropontos eletrônicos e um moderno sistema de transmissão de dados.

De acordo com o delegado Antônio Júnio Dutra Prado, coordenador do Grupo de Combate às Organizações Criminosas da Polícia Civil, que atua junto ao Ministério Público de Minas Gerais, a quadrilha tem, entre seus membros, especialistas em várias áreas de conhecimento, que eram usados para fazerem as provas rapidamente, sair no tempo mínimo e passarem os resultados para os candidatos que ainda estavam participando dos exames. Segundo investigações da polícia, o grupo cobrava entre R$ 70 mil e R$ 200 mil dos candidatos.
A polícia informou que o grupo detido inclui 11 integrantes da quadrilha e 22 candidatos que faziam a prova. A investigação aponta que a quadrilha era chefiada por dois mineiros: Áureo Moura Ferreira, que mora em Teófilo Otoni, e Carlos Roberto Leite Lobo, empresário que reside em Guarujá. Um policial civil de Governador Valadares, na Região Leste de Minas Gerais, também está preso.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse, na tarde desta segunda-feira (24) que não foi comunicado oficialmente desta suspeita de fraude pela Polícia Federal, órgão que investiga casos de fraude no Enem. A Operação Hemostase II foi deflagrada pela Polícia Civil de Minas. Clique aqui e leia a matéria completa do G1.

Blog: O Povo com a Notícia