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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Agentes penitenciários revelam como armas entram em presídio do Recife

A polícia ainda não sabe quem disparou o tiro que matou o sargento Carlos Silveira durante a rebelião da semana passada no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, que abriga três presídios. Agentes penitenciários garantem que o tiro partiu de um dos pavilhões. Nesta quarta-feira (28), em entrevista ao NETV 1ª Edição, um agente contou, sem se identificar, detalhes sobre como as armas e drogas entram e são comercializadas dentro do complexo -- o custo de um facão é de aproximadamente R$ 300. Vídeos e fotos corroboram a denúncia de que existem armas de fogo nas mãos dos presos e de que são eles que dominam as unidades.

No espaço onde deveriam estar pouco mais de 2 mil pessoas vivem 7 mil homens, acusados de crimes como assassinato e tráfico de drogas. Imagens gravadas ao lado do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB), parte do complexo, mostram foices e cola de sapateiro apreendidos na terça-feira (27) perto do muro, do lado de dentro. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, foram apreendidos dez facões, 13 facas, vários barrotes (espécie de arma de madeira, como um taco) e ainda 760 litros de cachaça artesanal.

Sem se identificar, dois agentes comentaram o caso. Eles estimam que quase todo o material retirado na última revista já tenha sido reposto com a entrada praticamente diária de encomendas por cima do muro. Afirmam que os presos seguem armados e se comunicando livremente com quem querem. É pelo celular que eles articulam a entrada de outros telefones, armas e drogas por cima do muro.


Blog: O Povo com a Notícia