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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Bancada de oposição da Alepe diz que projeto do governo desrespeita professores. Líder do governo sai em defesa

A sessão da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta última terça-feira (31) foi marcada por uma acirrada discussão acerca do projeto de lei, enviado pelo executivo estadual, pedindo a atualização do piso salarial dos professores. 

O texto foi aprovado por 27 votos favoráveis e 11 contrários. A bancada de oposição da Casa divulgou uma nota demonstrando solidariedade à categoria, que queria reajuste salarial para todos os professores da rede estadual.

O projeto do Executivo Estadual atualiza o Piso Salarial da categoria de aproximadamente 4.060 docentes, em um universo de 45 mil docentes.

Na nota, os deputados afirmam que, para aprovar o projeto, o governo Paulo Câmara se valeu do “rolo compressor”, por ter maioria na Casa, desprezando assim a pauta de reivindicações e o processo de negociação que vinha mantendo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).
Com isto, não terão reajuste salarial mais de 90% dos professores da rede pública. Dos 4.060 professores que devem ter o aumento, 1.777 terão direito a 13,01% de reajuste e 2.283 poderão ser reajustados em 0,89%.

A partir da derrota da categoria, os parlamentares da oposição questionaram se Paulo Câmara vai conseguir cumprir a promessa de campanha de dobra o salário dos professores em quatro anos.

“Se o Estado não pode dar o aumento por ter ultrapassado o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, porque na campanha eleitoral o atual governador – que é ex-secretário da Fazenda e tinha todas as informações sobre as finanças do Estado – prometeu aumentos salariais e contratações de servidores?”, questionou o bancada.

O líder do Governo na Alepe, Waldemar Borges, do PSB, defendeu a aprovação do projeto. Ele afirmou que as questões levantadas pelos oposicionistas ainda podem ser discutidas, uma vez que o Governo está aberto ao diálogo.

Para ele, a aprovação da matéria em primeira discussão não impedirá a continuidade das negociações. Rodrigo Novaes, do PSD, também defendeu a proposta, afirmando que todos os deputados da Casa são favoráveis à valorização dos professores. (Blog do Jamildo)

Blog: O Povo com a Notícia