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sexta-feira, 1 de maio de 2015

MAIS UM RECÉM-NASCIDO MORRE NO HOSPITAL IMIP/DOM MALAM

Na manhã desta última quarta-feira (29),  a adolescente de 16 anos com iniciais V.C.B.D da cidade de Sobradinho-BA compareceu à Delegacia de Polícia Civil, onde afirmou em depoimento (foto acima) que foi vítima de negligência médica por parte de médicos do Hospital Dom Malam/ IMIP que acabou resultando na morte do seu filho recém-nascido.
De acordo com o depoimento da vítima (foto à esquerda) que estava com 41 semanas de gravidez, um médico da cidade de Sobradinho realizou um diagnóstico no dia 13 de Abril, em que afirmava que o seu bebê provavelmente nasceria de parto normal.
Na mesma data, a menor começou sentir fortes dores e outro médico da mesma cidade informou que a paciente estava com início de pré-eclâmpsia e que deveria ser encaminhada imediatamente por uma equipe do SAMU até o Hospital Dom Malam (IMIP) de Petrolina-PE.
A sogra da paciente Ana Lúcia da Silva França Feitosa acompanhou e participou de um verdadeiro martírio e em entrevista ao blog, explicou que mostrou o laudo encaminhado de Sobradinho ao médico Dr. Heron Sobrinho Silveira, que ignorou o diagnóstico alegando que os médicos de Sobradinho faziam isso para que pacientes adquiram vagas no IMIP.
Depois de 20 horas, quando surgiu uma vaga no leito do hospital a adolescente só conseguiu ser examinada no dia seguinte, na tentativa de induzir o parto normal. A médica responsável, Aline Ethel Girão de Souza de Macedo e mais uma enfermeira induziram o parto com um aparelho que ocasionou o estouro da bolsa. Com isso, segundo o depoimento da sogra da vítima, a médica mandou a adolescente ficar agachada por diversas vezes para expulsar a criança que acabou ficando presa na vagina da mãe na tentativa de um parto normal.
“Eu pedi para a médica fazer o parto Cesário como pediu o médico de Sobradinho e ela me ignorou dizendo que fazia o que ela queria e elas forçaram tanto que amassaram a cabeça do meu neto que ficou deformada”, afirmou a sogra.
Depois de oito horas de sofrimento a mãe foi para a sala de parto com a criança que estava com a cabeça exposta pelos corredores do hospital. As médicas Aline, Yalli e outro médico que a sogra não soube informar o nome começaram a cortar a vagina da adolescente e mesmo assim , não conseguiram tirar a criança. Depois, a paciente foi anestesiada e quando acordou, o recém nascido já estava sendo massageado pelos médicos, que informaram que o mesmo teria sofrido convulsões.
“Eles amassaram a cabeça da criança e por isso ela estava sem oxigênio, eu fiquei desesperada em ver meu neto assim. Ele estava todo machucado, ingeriu fezes e estava com a boca cheia de água engasgada pelo resto do parto, um liquido verde que foi direto para o pulmão e essa tal de Aline ainda esqueceu de costurar a vagina da minha nora. Que espécie de médica é essa?”, afirmou.
Depois de três dias, a criança morreu e os médicos do IMIP disseram que a causa da morte foi uma deformidade na cabeça.
O hospital entregou o corpo do bebê à família sem encaminhar ao IML. O que é considerado ilegal. Ana Lúcia, afirmou ainda que no mesmo dia, seis crianças tinham falecido naquela unidade e duas mulheres morreram em processo de parto.
Caso de Polícia
A delegada, Polyana Nery, responsável pelo caso disse que existem várias denuncias de mães que comparecem à delegacia e falam sobre negligencia de médicos do hospital e está preparando um inquérito ao Ministério Público, que já foi acionado para este caso, e afirma ainda que existem vários inquéritos contra médicos do IMIP por homicídio culposo, quando há intenção de matar.
“Houve sim demora no atendimento médico, isso é negligência e eles serão punidos e eu vou intimar todos os médicos, isso é crime”, afirmou.
A delegada pede que as mães que se sentem lesadas por esse tipo de crime, que denunciem e não tenham medo. “não vamos deixar esses médicos fazerem o que quer, achando no direito de tirar a vida de crianças”.
A delegada reforça que já chamou a atenção da direção do hospital e deverá intimar os médicos que serão ouvidos e indiciados no processo como forma de investigar o comportamento desses profissionais que já tiraram a vida de muitos pacientes. (Por Edenevaldo Alves)

Blog: O Povo com a Notícia