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terça-feira, 2 de junho de 2015

“As pessoas não podem ficar à mercê de marginais de 16 anos”, polemiza Joel da Harpa

Dono de declarações polêmicas, o deputado estadual Joel da Harpa (PROS) subiu à tribuna da Casa Joaquim Nabuco, nesta segunda-feira (1º), para defender a redução da maioridade penal. “Os jovens merecem toda a atenção do Estado, mas as pessoas não podem ficar à mercê de marginais de 16 anos de idade”, disse o deputado, que é suplente na Comissão de Direitos Humanos da Alepe.

Com discurso cercado de conservadorismo, o deputado também parabenizou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por ter retomado a votação da Proposta de Emenda à Constituição no Congresso Nacional que pretende reduzir para 16 anos a idade mínima para que infratores respondam penalmente por condutas ilícitas.

“Desde 1993 essa proposta é protelada em Brasília e ninguém teve coragem de colocá-la em votação”, comentou Joel da Harpa, que esteve à frente da greve da Polícia Militar, ano passado.

O deputado Beto Accioly (SD) também se posicionou a favor da redução da maioridade penal. No entanto, os demais parlamentares que fizeram apartes manifestaram opinião contrária. “Menos de 1% dos crimes violentos letais têm envolvimento de jovens de 16 anos”, defendeu a petista Teresa Leitão.

“Discutir a idade de quem cometeu o crime, sem analisar a natureza do ilícito, não resolve em nada”, ponderou Priscila Krause (DEM). “A recuperação do jovem não está nos presídios, porque todos estão falidos”, comentou Pedro Serafim Neto (PDT). Também fizeram apartes os deputados Edilson Silva (PSOL), Cleiton Collins (PP), Professor Lupércio (SD) e Zé Maurício (PP).

Semana passada, Joel da Harpa subiu à tribuna para argumentar que “bandido que troca bala com a polícia tem que morrer”. “Entre morrer o policial e morrer o bandido, eu continuo dizendo que prefiro que morra o bandido, que ele pague com a vida”, afirmou ainda. “Prefiro que morra mil bandidos, do que que morra um policial”, repetiu o parlamentar, um dos líderes da greve da Polícia Militar, no ano passado.

Mesmo integrando a bancada evangélica, Joel da Harpa também defendeu a instituição da pena de morte no País “porque ela não seria proibida por Deus”. (Via: Alepe/Jamildo)

Blog: O Povo com a Notícia