Ao contrário do que afirmaram a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula (PT) tentando justificar as pedaladas fiscais no ano passado, dados enviados pelo BNDES e Banco do Brasil à Folha de S. Paulo mostram que pelo menos 35% dos valores envolvidos nas pedaladas foram para grandes empresas e produtores rurais de médio e grande porte. Os petistas alegaram que as manobras cometidas foram para pagar programas sociais como o Bolsa Família.
O artifício chamado pedalada fiscal consiste em usar recursos dos bancos públicos para pagar despesas que seriam pagas pelo governo federal.
Segundo cálculos do Tribunal de Contas da União, que pediu a rejeição das contas da presidente Dilma do exercício financeiro de 2014, as pedaladas envolveram um montante R$ 40 bilhões, sendo que desse total, pelo menos R$ 14 bi foram pagos em forma de empréstimo para grandes empresas e médios e grandes proprietários rurais.
Os dados enviados pelos bancos ao diário paulista mostram que, de fato, as pedaladas foram usadas para pagar programas sociais, mas isso representa uma taxa minoritária. A fatia usada para pagar o Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial chegou a quase R$ 6 bilhões.
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