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terça-feira, 24 de maio de 2016

Diferente do declarado, Romero Jucá foi exonerado


O então ministro do Planejamento, Romero Jucá, considerado homem forte do governo interino de Michel Temer, anunciou seu licenciamento do cargo após a divulgação de gravações em que fala sobre um possível "pacto nacional" para barrar as investigações da Operação Lava Jato na última segunda-feira (23). No entanto, de acordo com informações publicadas no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (24), Romero Jucá não se licenciou do ministério, ele foi exonerado pelo presidente Temer. 

Jucá sempre foi um dos nomes certos para o ministério do presidente interino. Ainda assim, o anúncio dele para a pasta do Planejamento foi um dos mais criticados, já que o peemedebista é um dos investigados pela Lava Jato.

Jucá é citado mais de uma vez como uma das pessoas que supostamente recebeu propina no esquema de corrupção da Petrobras. Ricardo Pessoa, empreiteiro da UTC Engenharia, afirmou em delação que o peemedebista teria pedido R$ 1,5 milhão à empresa em doação para a campanha eleitoral de 2014, em que seu filho era candidato a vice-governador de Roraima.

A doação teria vindo em forma de propina pela contratação da UTC para a construção da usina nuclear Angra 3. Há um inquérito em curso para investigar a participação do senador no escândalo - algo que ele nega veementemente. "Não tenho nenhum temor em ser investigado", reafirmou Jucá na coletiva desta desta segunda. "Se tivesse telhado de vidro não teria assumido a presidência do PMDB. (...) Considero a Lava Jato uma mudança positiva na política brasileira, tanto que no Senado votei pela recondução (do procurador-geral da República) Rodrigo Janot e acho que o Ministério Público Federal deve ter autonomia para investigar."

Blog: O Povo com a Notícia