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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Parte do dinheiro da compra de avião de Eduardo Campos saiu de nova empresa investigada pela PF


Parte do dinheiro utilizado para a compra do então candidato a presidência Eduardo Campos (PSB), que morreu em 2014, partiu da nova empresa investigada pela Polícia Federal na operação Vórtex, deflagrada nesta terça-feira (31). O superintendente da PF informou que não revelaria o nome da companhia, nem dos sócios levados para depor na sede do órgão.

Segundo as investigações, esta companhia repassou R$ 159.910 para a Câmara & Vasconcelos, empresa identificada como sendo apenas de fachada na Operação Turbulência. Este exato valor foi repassado, dois dias depois, para a empresa dona do avião que vitimou o ex-governador de Pernambuco.

“O que chamou a nossa atenção foram os valores fracionados e transferências com apenas dois dias de diferença. O terceiro ponto é a conta da Câmara & Vasconcelos, que era usada para lavagem de dinheiro, como se quisesse mascarar quem estava fazendo aquela transferência”, apontou a delegada Andrea Pinho.

Ao investigar mais a fundo a empresa, a Polícia Federal resolveu levantar dados dos sócios e os seus contatos. Foi visto, então, que as doações a candidatos e partidos políticos em anos de campanha aumentaram exponencialmente. "Chama a atenção as doações que essa empresa fez para campanhas eleitorais, a evolução de 2006 a 2014. Se em 2006 eram da ordem de R$ 30 mil, de 2014 em torno de R$ 3,1 milhões para deputados e partidos", detalhou o superintendente.

Dos R$ 87,5 milhões em contratos com o governo do Estado, entre os anos de 2010 a 2016, R$ 75 milhões foram registrados durante o período que o ex-governador esteve no poder. "Estamos levantando a procedência desses contratos, tem contratos com outras instituições. Não quer dizer que esses contratos seja irregulares", destacou Diniz.

Vórtex: A Operação Vórtex é originada na Operação Turbulência, que investigava uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e de ter financiado a campanha do ex-governador. A atual investigação analisa, principalmente, uma empresa identificada, mas não investigada anteriormente.

Ao todo, foram emitidas dez ordens judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Todos os conduzidos coercitivamente são sócios desta empresa, segundo a PF.

As buscas foram feitas nos bairros de Boa Viagem e Pina, na capital pernambucana, e no município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. (Via: G1 PE)


Blog: O Povo com a Notícia