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terça-feira, 28 de março de 2017

6 em cada 10 corações captados para transplantes em PE são de Petrolina


Uma pesquisa realizada pela Secretaria de Saúde de Pernambuco revelou que a cidade de Petrolina, no Sertão do estado, foi responsável por 60% dos transplantes de coração nos dois primeiros meses deste ano. Ao todo, o estado conseguiu 10 corações e 6 deles partiram de Petrolina.

Para a gerente da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital Dom Malan (HDM), Samira Moraes,  o trabalho é desenvolvido principalmente no Hospital Universitário (HU), que recebe pacientes de 52 municípios de vários estados. "O HU é responsável pelo atendimento de pessoas que vêm de toda a região, dos quais a maioria é de jovens e possuem mais chances de serem doadores de órgão", destacou Samira Moraes.

De acordo com dados da OPO, a média de recusa familiar na cidade é de 33%, enquanto em todo o estado de Pernambuco é de 47%. O município também captou 44% dos fígados e 39% dos rins este ano.

Samira explica ainda que o número de pessoas com potencial de doador vem crescendo a cada ano. Em 2014, a OPO contabilizou, ao todo, 18 captações de órgãos. Em 2015, a quantidade quase triplicou, chegando a 45. Já no ano passado, o aumento foi ainda maior, de 55 possíveis transplantes. O estado de Pernambuco já contabilizou, este ano, 246 transplantes, 1 a mais do que o mesmo período de 2016.

Fila de espera: Atualmente, Pernambuco possui 1.215 pacientes aguardando por um órgão ou tecido. O maior quantitativo é para um rim, com 805 pacientes, seguido de córnea (284), fígado (84), medula óssea (26), coração (12) e rim/pâncreas (4).

Quem pode ser doador?

Para ser um doador de orgãos, é necessário que a pessoa declare a intenção para a família, pois é a mesma que autoriza. Qualquer pessoa de até 75 anos pode doar, desde que tenha uma boa qualidade de vida. Para transplante de coração, podem doar homens de até 45 anos e mulheres de até 50 anos.

Recusa de família: A falta de informação sobre o assunto ainda é responsável pelo alto índice de rejeição da família do doador. Segundo Samira Moraes, a OPO, junto ao Hospital Dom Malan (HDM), realiza ações voltadas à conscientização da população. “Temos campanhas anuais nos meses de maio e setembro, e também tentamos levar conhecimento à comunidade, através de palestras. A gente tenta, ao máximo, levar essa discussão às pessoas”, disse.

Além disso, há uma preocupação com a família do possível doador. “A gente explica como tudo acontece, tiras as dúvidas, explica que tudo é feito dentro da lei. A família acompanha todo o processo”, disse.

Serviço: A sede da OPO, em Petrolina, fica no Hospital Dom Malan, localizado na Av. Joaquim Nabuco, S/N – Centro. (Via: G1 Petrolina)

Blog: O Povo com a Notícia