A edição de VEJA que circula nesta semana
traz um perfil de Flavio Capitulino, brasileiro que veio de uma família humilde
do Sertão da Paraíba e se converteu em um requisitado restaurador de obras de
arte em Paris. Capitulino fatura até 20.000 euros (cerca de 80.000 reais) por
mês e faz questão de viver uma vida de estilo extravagante na cidade onde
cresceu, Campina Grande, no Agreste paraibano.
Com
terninho colorido e juba esvoaçante dourado-cajá, ele causa rebuliço ao saltar
de seu BMW conversível para visitar o tradicional reduto popular. Escoltado por
um segurança, esse Michael Jackson do Sertão é parado para fazer selfies. “Você
é o orgulho da Paraíba”, diz um fã.
Quando
um desinformado pergunta a outro quem é o exótico conterrâneo, nota-se que a
fama pode ser um troço meio maluco: “Não conhece? Ele restaurou quadros de
Sheiquispi (sic)”. Até onde se sabe, o bardo inglês William Shakespeare
(1564-1616) nunca pintou um quadro. Mas, se algo tão improvável viesse a ser
descoberto, não destoaria em nada dos detalhes inacreditáveis da biografia de
Flavio Capitulino.
Blog: O Povo com a Notícia