O deputado Rodrigo Novaes (PSD)
trouxe a tribuna, nesta segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa, a
situação do sistema penitenciário brasileiro. Na ocasião, o parlamentar sugeriu
a realização de um grande debate para encontrar alternativas que impeçam a
movimentação do crime organizado nos presídios. Além da presença da sociedade,
Novaes recomendou a participação do Ministro da Defesa, Raul Jungmann, que irá
assumir o recém-criado Ministério da Segurança Pública, e do secretário da Justiça
e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.
“O sistema prisional tem o papel de ressocializar e reintegrar o indivíduo
à sociedade, mas isso é um sonho que está no papel. O que acontece no Brasil é
que os criminosos são protegidos pelo estado e comandam lá de dentro a vida
aqui foral”, disse o vice-líder do governo. Pare ele, o tráfico de drogas, os
grupos de extermínios, e as quadrilhas especialistas em assaltos a banco, tudo
é monitorando dentro dos presídios. “Não duvido que muitos prefiram estar
presos, longe dos perigos das ruas e das facções inimigas. Pois, eles continuam
agindo internamente e fazendo mal a sociedade”, enfatizou.
O parlamentar acredita que deva existir “um pacto obscuro” do estado
brasileiro com os presidiários. “Não querem enfrentar essa situação para não
ter como resultado rebeliões e daí ficar escancaradas as mazelas do sistema
penitenciário. Não se mexe com eles, e eles continuam morando lá fazendo o que
querem, mas calados. Só sabem o que se passa os que convivem com essa dura
realidade”, afirmou. Segundo Novaes é necessário que os detentos cumpram o
tempo com dignidade. “O Estado precisa exercer seu verdadeiro papel e os presos
tenham as suas obrigações para que saiam de lá com condições de voltar ao
convívio social.
O deputado reforçou a questão de se discutir amplamente o assunto. “Vamos
debater nesta Casa Legislativa esta questão e se preciso criar uma Comissão
para visitar os presídios pernambucanos, elaborar sugestões e identificar o que
está faltando. Temos que enfrentar, se permitirmos deixar como está, vamos
sempre enxugar gelo e continuar vendo os crimes acontecerem”, finalizou.
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