Um e-mail com falso remetente da Justiça
Eleitoral tenta fisgar eleitores na internet esta semana com uma convocação
para um treinamento obrigatório de mesários. “O Sr. (a) foi convocado para
trabalhar nas eleições gerais de 2018”, diz o texto, que determina que a pessoa
compareça ao “salão principal do fórum da cidade”.
O
e-mail sugere que a vítima faça download de um formulário anexo caso não possa
ir ao treinamento. O arquivo é malicioso e, segundo especialistas, instala um
vírus que pode roubar dados bancários de usuários de Windows.
A
fraude pede que as vítimas preencham um formulário, a ser enviado até esta
quarta-feira (24). Em tom de urgência -comum de golpes na internet -a mensagem
diz que o comparecimento sem justificativa acarretará no cancelamento do título
de eleitor e na suspensão do CPF.
Pessoas
com programas de antivírus instalados no computador ou no dispositivo móvel não
conseguem abrir o arquivo. Quem não está seguro, entretanto, automaticamente
instala um programa malicioso no aparelho ao clicar no anexo.
“Malwares
similares a esse costumam ser do tipo RAT (Remote Access Trojan). Ele monitora
quando o usuário acessa seu banco pela internet e, quando a vítima faz o login,
o criminoso rouba os dados bancários, podendo acessar a máquina da vítima
remotamente e fazer operações bancárias”, diz Emilio Simoni, diretor do dfndr
lab, laboratório de cibersegurança da empresa PSafe.
Usuários
que recebem esse e-mail devem evitar clicar em qualquer área da correspondência
e deletá-la.
O
phishing – técnica que busca “pescar” vítimas com mensagens falsas para que
estas cliquem em links ou baixem arquivos – pode ser evitado pela análise do
remetente (o que está escrito depois do @) e por características como grafia
incorreta.
Nesse
caso, o endereço eletrônico não é a Justiça Eleitoral, mas uma série de números
e letras aleatórias, e o conteúdo têm erros de português.
Criminosos
já usaram o nome da Justiça Eleitoral em outras ocasiões, comunicando sobre o
cancelamento do título eleitoral ou solicitando a atualização dos dados
cadastrais.
A
Justiça Eleitoral não envia e-mails para comunicar o cancelamento de títulos.
Somente os tribunais regionais eleitorais do Rio Grande do Sul, de Goiás e
Santa Catarina usam e-mail para recrutar mesários, “mediante prévia e específica
autorização do convocado”, informa o Tribunal Superior Eleitoral. Com
informações da Folhapress.
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