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sexta-feira, 29 de março de 2019

Foragido, mandante da morte de promotor dribla polícia paulista


A polícia paulista esteve perto de prender o homem apontado pela Justiça pernambucana como o mandante da morte do promotor do Ministério Público de Pernambuco Thiago Faria Soares. Depois de uma investida na noite da terça-feira (26), o foragido José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como Zé Maria de Mané Pedo, conseguiu escapar do cerco policial. Zé Maria foi condenado a 50 anos e quatro meses por ser mandante da execução do promotor, então titular da comarca de Itaíba, e pelas tentativas de homicídio contra Mysheva Martins, noiva da vítima, e Adautivo Martins, tio dela.

Uma equipe de policiais civis do estado de São Paulo, a pedido de investigadores pernambucanos, fez um cerco ao local onde Zé Maria estava com mais três familiares. O foragido chegou ao estado de São Paulo em um veículo Palio com placas de Pernambuco. No momento em que os policiais civis viram Zé Maria, ele conseguiu correr em direção a uma mata perto de uma represa e escapou. Os parentes que estavam com ele teriam sido levados a uma delegacia e liberados em seguida. A Polícia Civil de Pernambuco disse que não iria se pronunciar sobre as buscas ao foragido para não atrapalhar as investigações.

Detido na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, Zé Maria fugiu, junto com outros seis presos, no dia 13 de fevereiro. A fuga foi articulada com a ajuda de um grupo de cerca de 20 homens que participaram de uma operação de resgate durante a qual um sargento da Polícia Militar que fazia a segurança do local foi morto. Rinaldo Azevedo Campelo, 49 anos, estava em uma das guaritas quando foi atingido por um tiro na cabeça quando reagiu à aproximação dos bandidos.

O promotor Thiago Soares foi executado no dia 14 de outubro de 2013 em uma estrada que liga o município de Itaíba, onde atuava, à cidade de Águas Belas, ambas no Agreste de Pernambuco. A noiva do promotor, Mysheva Freire Ferrão Martins, e um tio dela também estavam no carro no momento da emboscada, mas não se feriram.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o assassinato do promotor foi motivado pela disputa por uma fazenda que pertencia a Zé Maria, mas foi arrematada pela noiva de Thiago em um leilão judicial. Além dele, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo dos Santos e José Marisvaldo da Silva foram indiciados como executores do crime. Marisvaldo foi sentenciado a 40 anos e oito meses de reclusão pelo assassinato do promotor, enquanto José Maria Domingos foi condenado a 19 anos.

Noiva de promotor tem pedido de segurança negado pela SDS

Após a confirmação da fuga de Zé Maria, a advogada Mysheva Martins pediu a abertura de um inquérito por parte da Polícia Federal para que o caso fosse investigado. Além disso, os advogados de Mysheva solicitaram a implantação de segurança pessoal para ela. Um pedido de proteção policial também foi feito para a Secretaria de Defesa Social (SDS). Em ofício assinado pelo secretário Antonio de Pádua, o pedido foi negado.

“Em reunião ordinária realizada pela Comissão Permanente de Segurança Pessoal de Autoridades, ocorrida no dia 13 de março do ano em curso, foi deliberado pela não concessão da segurança aproximada, em virtude do pleito não atender aos requisitos essenciais da Portaria SDS nº 997, de 19 de fevereiro de 2019”, diz o documento. (Via: Portal OP9)

Blog: O Povo com a Notícia