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sábado, 27 de julho de 2019

Preso pela PF diz ter sido hackeado por Delgatti e afirma que ele se vangloriou por invadir celular de Moro

De acordo com informações, já é comprovado que um dos envolvidos é simpatizante do PT

Um dos presos pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento na invasão do aplicativo de mensagens Telegram do ministro Sergio Moro e de outras autoridades afirmou, em depoimento, ter sido hackeado por Walter Delgatti Neto, que confessou ter obtido conversas de procuradores da Lava Jato e repassado ao site The Intercept Brasil. 

À PF, o DJ Gustavo Henrique Elias Santos também disse desconhecer a fonte de renda de Delgatti. Segundo o depoimento, obtido pelo repórter Mahomed Saigg, da TV Globo, publicado pelo G1, ele contou que, além de atuar como DJ, faz operações de compra e venda de criptomoedas pela internet. Os relatos de Suelen Priscila de Oliveira, mulher de Gustavo, e de Danilo Cristiano Marques, também presos, foram revelados pela reportagem. 

O DJ contou que possui várias carteiras de bitcoin, mas se reservou ao direito não informar o total. Questionado sobre a senha e chaves de acesso sobre as contas, Gustavo se manteve em silêncio. Ele ainda afirmou que nunca fez "nenhum tipo de golpes ou fraudes bancárias". 

No depoimento, disse ter guardada uma mensagem de Delgatti em que ele se vangloriava de ser o autor da invasão ao Telegram de Moro. “QUE passado alguns dias recebeu uma ligação de vídeo de WALTER NETO pela qual ele filmou a tela do seu notebook onde tinha vários ícones de TELEGRAM separados por nome; QUE o DECLARANTE fez um print da filmagem realizada por WALTER NETO, que está armazenada em seu celular; QUE WALTER NETO nunca explicou para o DECLARANTE como era feito o procedimento para obtenção de códigos de acessos do TELEGRAM de outras pessoas, mesmo porque nunca teve interesse em tomar conhecimento desse assunto”, diz trecho do depoimento. 

Também em depoimento à Polícia Federal, Walter Delgatti Neto relatou conhecer Gustavo, Suelen e Danilo desde a infância em Araraquara (SP) e que em nenhum momento repassou para os três a técnica que usou para acessar as contas do Telegram. Delgatti também disse que utilizou nome de Danilo para efetuar o contrato de aluguel do imóvel que reside. Segundo ele, todas as contas desse imóvel ficaram no nome de Danilo. A informação foi confirmada à PF pelo próprio Danilo. 

Blog: O Povo com a Notícia