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terça-feira, 28 de abril de 2020

Bolsonaro nomeia André Mendonça como novo ministro da Justiça. Alexandre Ramagem é o novo diretor-geral da PF


O presidente Jair Bolsonaro nomeou, nesta terça-feira (28), o advogado André Mendonça como novo ministro da Justiça. Também foi confirmada a ida de Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para a direção geral da Polícia Federal (PF).

As vagas no Ministério da Justiça e no comando da PF ficaram abertas após a saída do ex-ministro Sergio Moro e do ex-diretor-geral Maurício Valeixo. Moro decidiu deixar o governo depois de Bolsonaro exonerar Valeixo. O ex-ministro alegou que o presidente tenta interferir politicamente na PF, o que Bolsonaro nega.

Jose Levi Mello do Amaral Júnior foi nomeado para o cargo de Advogado-Geral da União.


Novo ministro da Justiça

Mendonça conheceu Bolsonaro em 21 novembro de 2018, no mesmo dia em que foi escolhido para comandar a Advocacia-Geral da União. O agora ministro da Justiça chegou ao gabinete do governo de transição em Brasília pelas mãos de Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência), inicialmente favorito para substituir Sergio Moro.

No entanto, para evitar questionamentos, já que Jorge é amigo da família Bolsonaro, o governo preferiu a escolha de André Mendonça para poupar críticas sobre tentativa de tutela do Palácio do Planalto sobre a Justiça. A avaliação é a de que a nomeação de Jorge Oliveira daria força à tese de que o Planalto estaria atuando para ter controle sobre a Polícia Federal e, assim, ter acesso a relatórios de investigações.

André Mendonça é cotado para substituir Celso de Mello em novembro no Supremo Tribunal Federal (STF), quando o decano da Corte se aposentará. O presidente já disse, sem citar André Mendonça, poderia indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF. Mendonça é evangélico.

Polícia Federal

Já Alexandre Ramagem atuou na Lava-Jato do Rio de Janeiro e tem experiência em investigações contra o tráfico de drogas e coordenou a segurança de eventos internacionais.

Ele ficou próximo à família Bolsonaro após ter coordenado a segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral à Presidência, em 2018. Ele é próximo a Bolsonaro e aos filhos do presidente. (Via: Agência Brasil)

Blog: O Povo com a Notícia