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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Saiba por que está ventando tanto em Pernambuco; intensidade no Litoral pode durar até fevereiro com velocidade de 20 km/h

Agosto já passou, mas outubro também é mês de ventos fortes para os pernambucanos. No litoral do Estado, na manhã desta terça-feira (27), as rajadas de ar já estavam mais fortes, condizentes com a climatologia da época. 

Os ventos atingiram uma velocidade máxima de 20 quilômetros por hora e média de 16 quilômetros por hora durante do mês. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), essa intensidade é comum no final do ano e perdura até o início do ano que vem.

“É característica climática desse período do ano; vento mais denso, temperatura mais alta, umidade baixa”, explicou Thiago do Vale, meteorologista da Apac. “Temos o sistema alta subtropical, que é o que rege o vento daqui. Ele se intensifica nos períodos de verão e os ventos voltam a cair a partir de janeiro e fevereiro, quando perdem força e aparecem os sistemas meteorológicos na região”, detalhou;

Esses ventos, no entanto, não oferecem riscos. “O vento intenso não vai causar nenhum tipo de dano. Se tiver um vento persistido, a gente pode presenciar ondas mais fortes do mar”. Vale o alerta.

É bem diferente do que viveu Petrolândia, no Sertão de Sertão de Pernambuco. Rajadas de ventos fortes durante chuva assustaram os moradores do município, na madrugada desta terça-feira (27). Em vídeos compartilhados pelas redes sociais, é possível ver as pessoas correndo e gritando em bares e restaurantes enquanto objetos são levantados ao ar pela ventania. Para se ter ideia, a Apac estima que a velocidade dos ventos tenha ultrapassado 40 quilômetros por hora.

As imagens espantosas podem ser explicadas pelas condições meteorológicas que atravessam a região.
Petrolândia foi atingida por um sistema convectivo de média escala, que causa as rajadas de vento mais intensas, explicou o meteorologista.

Esse evento foi decorrente de outros dois sistemas: um deles é o sistema tempestal subtropical Mani, que tem um giro parecido com o de um ciclone. Gerando instabilidades atmosféricas, o Mani criou um corredor de umidade vinda do litoral do Nordeste, que favorece as rajadas mais intensas. “É este corredor que causa a tempestade”, explicou. O fenômeno passa também pelo Norte da Bahia, por Sergipe, Alagoas, Piauí e Maranhão, além do Oeste de Pernambuco.

A previsão da Apac indica possibilidades de que a intensidade de ventos seja registrada também em municípios do Sertão do São Francisco (parte ao sul) e Sertão pernambucano (ao norte). (Via: Jc Online)

Blog: O Povo com a Notícia