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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Condenado por contaminar parceiras com HIV tem pena aumentada no Rio de Janeiro

Condenado por transmitir o vírus HIV de forma proposital para parceiras, Renato Peixoto Leal Filho teve pena aumentada para 13 anos de prisão. O empresário, morador da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, localizava mulheres pela internet e tentava manter relações sem o uso do preservativo. 

Em entrevista para o jornal "O Globo", uma das vítimas de Renato falou sobre a tentativa do condenado de passar a doença para ela. A jovem de Pernambuco que não quis se identificar afirmou que conheceu o homem pela internet e desde o começo do relacionamento ele dizia que iria marcar a vida dela para sempre. 

Responsável por iniciar uma rede de mulheres com o objetivo de desmascarar o empresário, a jovem, que não contraiu o vírus, destacou que tem a sensação de que fez a parte dela ao descobrir sobre o aumento da pena. "Infelizmente, a justiça que conseguimos foi tardia, principalmente para as que não tiveram a mesma sorte que eu, de não contrair o vírus", contou. 

O grupo de mulheres vítimas de Renato reuniu áudios com ameaças feitas pelo homem e compilaram vídeos enviados pelas próprias vítimas tendo relações sexuais sem preservativo. Todo o material foi entregue para a delegacia. Segundo laudo feito pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), 21 vídeos, 30 áudios e três fotos foram enviados. 

"Acredito que ele não se arrependeu de nada do que fez. Inclusive, estou certa de que é um tipo de pessoa que apresenta risco se permanecer solto em sociedade. Ele é um monstro. E estava certo de que nunca iria preso por isso", disse a jovem. 

A Primeira Câmara Criminal do Rio decidiu, por unanimidade, aumentar a pena de Renato em 5 anos e 4 meses. Em 2018, o homem tinha sido condenado a sete anos de reclusão. Em 2019, o homem foi para a prisão Albergue Domiciliar. Com a nova condenação, deve voltar para o regime fechado.

Blog: O Povo com a Notícia