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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Estudantes ficam sabendo de falência de empresa de formatura pelas redes sociais e denunciam prejuízo de mais de R$ 1 milhão

Estudantes de faculdades viram o sonho da formatura virar prejuízo. Nesta segunda-feira (27), um grupo foi à Delegacia do Consumidor, no Centro do Recife, denunciar a Meta Formaturas por não cumprir os contratos firmados, nem reembolsar os alunos. Segundo os formandos, o prejuízo é de mais de R$ 1 milhão e ao menos 38 turmas foram prejudicadas.

Os representantes das comissões de formatura relataram que souberam, através de uma postagem nas redes sociais, publicada na sexta-feira (25), que a empresa havia decretado falência. Algumas das turmas tinham iniciado os pagamentos em 2017.

“Como administradores, nós entendemos que as empresas passaram por problemas, só que, no caso da Meta, o dinheiro não deixou de entrar. Recebemos esse comunicado que eles encerraram as atividades pelo Instagram”, afirmou a estudante de administração Amanda Monteiro, afirmando que a turma pagou mais de R$ 102 mil.

A estudante de fisioterapia Tatiane Melo contou que a formatura estava marcada setembro de 2020, mas a festa foi adiada para dezembro deste ano e, agora, não vai mais acontecer.

“Como ia ser ano passado, estava tudo quitado. Estávamos esperando só a festa e eles sumiram, só deram uma nota informativa no Instagram”, declarou Tatiane.

Estudante de fisioterapia, Cláudia Aquino explicou que o pai trabalha na Feira de Caruaru e pagou a formatura com dificuldade. O prejuízo dela foi de aproximadamente R$ 6 mil. “Minha festa ia ser agora, no dia 22 de outubro e o culto, no dia 18 de outubro”, contou.

As turmas afetadas são de diversos cursos e diferentes faculdades do estado localizadas no Recife e também no interior, como a de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) de Serra Talhada, no Sertão. Entre os reclamantes, há formandos de 2019, antes da pandemia, que alegam não ter recebido o acordado com a empresa.

O prédio em que funcionava a Meta Formaturas passou a abrigar uma clínica. À TV Globo, a assessoria jurídica da empresa alegou que os dois empreendimentos não têm relação, mas os formandos dizem que seriam dos mesmos donos.

Em nota, a assessoria jurídica da Meta informou que a pandemia fez com que a empresa interrompesse as atividades por um longo período, o que gerou dificuldades financeiras. “Tivemos que lidar com demissões em massa de colaboradores, atrasos para fornecedores e de pagamento de tributos, entre outras questões”, disse no texto.

Ainda de acordo a nota, eles afirmaram não ter recursos para suprir a realização de atividades e que pretendem “promover o ressarcimento dos valores recebidos esfera judicial cível”. A empresa afirmou ter encerrado as atividades na sexta-feira (25), depois de 22 anos e mais de 5 mil formaturas realizadas.

A Delegacia do Consumidor informou que abriu um inquérito para investigar o caso. (Via: G1 PE)

Blog: O Povo com a Notícia