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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Pernambuco leva debate sobre avanço do mar para conferência mundial do clima

Pernambuco estabeleceu como meta a promoção da neutralidade da emissão de carbono, até 2050. O plano é uma das principais iniciativas para evitar o aumento do nível do mar, sobretudo, no Recife. As informações são do Secretário de Meio Ambiente José Bertotti, um dos representantes do estado na conferência do clima da Escócia, a COP 26.

A conferência das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas acontece entre esta segunda-feira (1º) e o dia 12 de novembro. No encontro, serão apresentadas propostas para a crise climática em todo o mundo.

“[O objetivo é] a redução da emissão de carbono que causa o efeito estufa, aumenta o calor e que pode fazer com que a elevação do nível do mar. […] Por isso Recife está nesse foco de uma área muito preocupante em relação à elevação do nível do mar. Nós precisamos fazer com que as emissões de carbono sejam reduzidas. A meta de 2050 da neutralidade precisa acontecer”, afirmou o secretário.

De acordo com o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da ONU, o Recife é a capital brasileira mais ameaçada pelo avanço do nível do mar devido a aspectos como geografia, densidade demográfica e até mesmo desigualdade social.

De acordo com o secretário do estado, Pernambuco deve apresentar durante o encontro o resultado das propostas de reflorestamento para o território pernambucano.

Em março deste ano, a gestão estadual lançou um edital para financiar projetos de recuperação florestal de áreas de nascentes.

“Um dos principais projetos é o de reflorestamento, em parceria com vários municípios estamos trabalhando na cobertura vegetal do estado. Só nesse segundo governo anunciamos novas cinco unidades de conservação, algumas delas inclusive em torno do Rio Capibaribe”, afirmou o secretário.

De acordo com ele, o edital foi destinado a 36 municípios com o objetivo de “ajudar na recuperação florestal do estado, na recarga hídrica e também fazer com que esses programas possam agir para haver cobertura”.

Segundo o secretário, outra preocupação são áreas que têm sido tomadas pelo processo de desertificação, que acontece quando há degradação do solo em regiões de clima árido.

“A forma como essa agricultura é realizada, se ela desflorestar, aí sim há desertificação. O governo do estado trabalha com dados científicos. Hoje, da nossa área que é 90% da região de caatinga do estado, 13% estão em processo de desertificação”, contou.

Blog: O Povo com a Notícia