De dez lideranças da Frente Popular ouvidas pelo blog, oito confirmam que o candidato a governador será o deputado federal Danilo Cabral. Mas, estranhamente, o governador Paulo Câmara não confirma a escolha. Dois expressivos apoiadores estiveram com ele ontem e hoje e não ouviram um pio quanto ao martelo batido.
Um dirigente que pediu anonimato da fonte informou, entretanto, que o
governador anunciará Danilo no início da próxima semana. Quanto ao candidato a
senador, não há consenso. Até no PT há divergências. O grupamento nacional de
Lula se inclina pela deputada Marília Arraes, mas a direção estadual não
aceita.
Enquanto o PT briga, os demais partidos da aliança também guerreiam. André
de Paula força a barra para ser o escolhido. Seu canal de pressão é o
presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Macielista de carteirinha, extrema
direita e oportunista, André se queimou com aliados históricos e eleitores de
direita depois que foi ao Palácio das Princesas beijar a mão de Lula, que
chamou Marco Maciel de golpista e responsabilizou pelo fechamento do Congresso.
Eduardo da Fonte, o Dudu, também, mas não joga baixo como André. Seu
discurso é mais no campo político. Tem a seu favor o argumento de controlar a
maior base de apoio do Governo na Assembleia Legislativa. Forma, igualmente, a
chapa mais competitiva para a disputa pelas 25 vagas de Pernambuco na Câmara
dos Deputados. Também de olho, o presidente estadual do Republicanos, Silvio
Costa Filho, não conta sequer com o apoio da direção nacional do partido,
fechado com a reeleição de Bolsonaro.
Por fim, Wolney Queiroz, líder do PDT na Câmara, entrou para valer na
batalha e acha que tem chances de ser escolhido porque Lula teria dito que
gostaria de ter um candidato ao Senado no Estado alinhado ao campo da esquerda,
enquanto o líder do Avante na Câmara, Sebastião Oliveira, colocou seu nome à
disposição da Frente.
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