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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Novo bombardeio deixa Kiev sitiada e mortos em Kharkiv, na Ucrânia

Mesmo em meio a uma série de movimentações político-diplomáticas para forçar um cessar-fogo, as tropas russas não recuam e cada vez mais atacam cidades da Ucrânia. Tanques cercam Kiev, capital do país e coração do poder. Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, sofreu um bombardeio que deixou mortos e feridos.

Imagens de satélite mostram que as forças terrestres russas estão indo em direção a Kiev. A estimativa é de que o comboio tem 27 quilômetros e é composto por centenas de tanques, blindados e outros veículos de guerra.

Russos em Kharkiv, na Ucrânia, estão se rendendo, diz prefeito

Fotos:

Segundo informações de agências internacionais de notícias, há centenas de veículos cercando a cidade. A rota seria a região do aeroporto de Hostomel, a pouco mais de 30 quilômetros do centro da capital ucraniana.

Em pronunciamento ao vivo de Washington, nesta quinta-feira (28/2), o governo dos EUA foi categórico. “Russos continuam avançando em direção a Kiev”, alertou o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

Segundo ele, as tropas russas estão “atrasadas” no planejamento, mas seguem avançando na direção da capital ucraniana Kiev.

Ao longo do final de semana, a cidade chegou a ser invadida pelas forças russas, que acabaram expulsas pelos militares ucranianos.

Bombas de fragmentação
O Exército russo deixou, nesta segunda-feira (28/2), ao menos 11 mortos e dezenas de feridos em Kharkiv. A cidade, que é a segunda maior da Ucrânia, tornou-se um dos principais campos de batalha.

ONGs, como a Human Rights Watch (HRW) e Anistia Internacional, apontam ainda que a Rússia está usando bombas de fragmentação nos ataques a territórios ucranianos.

Em Kharkiv, os ataques ocorreram também contra áreas civis, usando mísseis balísticos e teleguiados. A Ucrânia vive o quinto dia de ataques.

A intensificação dos ataques seria uma forma do presidente russo, Vladimir Putin, tomar o controle do poder e exercer algum tipo de interferência na Ucrânia. Desde sexta-feira (25/2), segundo dia de invasão, Putin tenta tomar Kiev, por exemplo.

Autoridades ucranianas denunciam ataques a civis. “Isso está acontecendo à luz do dia, quando as pessoas vão à farmácia, para fazer compras ou beber água. É um crime”, afirmou Oleh Sinehubov, chefe da Administração Estatal Regional de Kharkiv.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou o momento que a Ucrânia tem vivido, com civis como alvos. “Essa situação é completamente inaceitável. Os soldados devem sair das trincheiras e os líderes buscarem a paz”, defendeu.

Os combates também se intensificaram nos arredores de Mariupol, importante cidade portuária na costa do Mar de Azov. Forças russas tentam assumir posições que permitam o cerco da área urbana. (Via: Metrópoles)

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