A Ucrânia contabiliza 57 mortos e 169 feridos após bombardeios provenientes da Rússia e iniciados na madrugada desta quinta-feira (24/2). As informações foram confirmadas pelo Ministério da Saúde ucraniano.
Segundo dados preliminares
fornecidos pelo Ministério da Defesa do país, o governo ucraniano afirma ter
sofrido ao menos 203 ataques russos desde o início da invasão.
Os bombardeios russos se
intensificaram nas últimas horas e as tropas já se aproximam de
Kiev, capital ucraniana e coração do poder do país. Além disso, os militares
tomaram o controle da região onde ficava a usina radioativa de Chernobyl.
O governo ucraniano preocupa-se, sobretudo, com um depósito de resíduos
nucleares que existe no local. Chernobyl sofreu um grave desastre nuclear em
abril de 1986.
De acordo com o Ministério da Defesa russo,
74 instalações militares ucranianas foram destruídas até o momento, incluindo
11 bases aéreas.
Um
assessor da presidência da Ucrânia afirmou que o Aeroporto Militar de Hostomel
foi capturado por forças russas. O terminal fica a cerca de 23 quilômetros da
capital Kiev.
O
Ministério da Defesa da Rússia disse que destruiu 83 alvos na Ucrânia, segundo
a agência russa de notícias Interfax.
Com a
aproximação das tropas militares russas, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko,
determinou toque de recolher. A medida vigora das 22h às 7h, e os residentes da
cidade precisam portar documentos de identidade para locomoção durante o
período de recolhimento.
A Rússia
e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan,
entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa
possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus
e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Repercussão
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou
ajuda financeira para a segurança da Ucrânia e fez novas ameaças ao presidente russo, Vladimir Putin. Esta é a primeira
manifestação pública do líder norte-americano após o início dos bombardeios no
Leste Europeu.
Nesta
quinta-feira (24/2), em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, Biden
garantiu que a Rússia será penalizada e impôs novas sanções econômicas. “A
agressão de Putin vai custar muito à Rússia”, iniciou.
Sanções
Em
pronunciamento, transmitido ao vivo de Bruxelas, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu,
afirmou que o bombardeio é “tolo” e que essa é uma violação internacional
inadmissível por parte do presidente russo, Vladimir Putin.
“É um
ataque contra seres humanos. A União Europeia e seus aliados condenam a Rússia.
Continuaremos a enviar ajuda humanitária, financeira e militar para a Ucrânia”,
frisou.
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