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terça-feira, 1 de março de 2022

Zelensky é aplaudido no Parlamento Europeu: “Provem que estão conosco”

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, nesta terça-feira (1º/3), para que os países da União Europeia “provem” que estão ao lado do povo ucraniano e que não abandone o país que tem sido palco de um conflito com a Rússia.

Durante discurso no Parlamento europeu, Zelensky disse que o bloco será mais forte com a Ucrânia. Na segunda-feira (28/2), o chefe ucraniano assinou um pedido oficial para que a Ucrânia seja incorporado ao bloco europeu.

A fala do político vem em um dia em que as forças russas chegam com mais força à Kiev, um míssil atingiu um prédio governamental em Kharkiv e o ataque a uma base matou 70 militares ucranianos.

“Estamos lutando pela nova sobrevivência e essa é a maior motivação de todas. E queremos ser membros igualitários da Europa. Nós acreditamos que, hoje, nós estamos mostrando quem somos. A União Europeia será mais forte conosco, isso é certo. Sem vocês, a Ucrânia será muito mais solitária”, discursou, em um telão, direto do Palácio do Governo, em Kiev, para Bruxelas.

Segundo ele, a Ucrânia “provou” que é da Europa. “Então, provem que estão conosco. Provem que vocês não nos abandonarão. Provem que vocês são de fato europeus e, então, a vida vai vencer a morte e a luz vai vencer a escuridão”, afirmou o presidente ucraniano. No fim do discurso, ele foi aplaudido de pé pelos membros presentes no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

“Terrorismo de Estado”

Mais cedo, durante pronunciamento em rede nacional, Zelensky comentou os ataques russos à Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Durante a madrugada, um prédio do governo regional de Kharkiv foi atingido por um míssil. Segundo o jornal inglês The Guardian, o ataque foi uma tentativa de matar o governador de Kharkiv e sua equipe.

Para Zelensky, a Rússia cometeu um “terrorismo de Estado”. Ele pediu para que a comunidade internacional responsabilize o governo russo pelos ataques, que estão no sexto dia. O conflito é considerado a maior ofensiva militar registrada na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial.

“É um terrorismo contra a cidade, terrorismo contra Kharkiv e contra o povo ucraniano. […] Isso é um terrorismo aberto e ostensivo. Não será perdoado e não será esquecido. Isso é um terrorismo estatal da Rússia. A Rússia é um país terrorista que tem que ser reconhecido oficialmente como tal. Pedimos a todos os países do mundo para reagir e reconhecer que a Rússia está fazendo um terrorismo e precisamos que ela seja responsabilizada em todos os tribunais internacionais”, declarou.

“O objetivo do terror é nos quebrar, é quebrar a nossa resistência. Eles estão chegando à nossa capital [Kiev], depois de passar por Kharkiv. E a defesa da capital é uma prioridade para o Estado. Em todas as cidades, a Ucrânia deve fazer tudo o que pode para interromper esse inimigo”, prosseguiu o ucraniano. (Via: Metrópoles)

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