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terça-feira, 26 de abril de 2022

Mais de 50 pessoas são vítimas do golpe da compra de iPhone 'mais em conta'; entenda

Mais de 50 pessoas foram vítimas de fraudes aplicadas por um homem que afirmava vender iPhones a preços baixos no mercado. Segundo a Polícia Civil, ele é acusado de roubar mais de R$ 3 milhões, também através de falsos investimentos. Os golpes acontecem desde novembro de 2017.

Nesta terça-feira (26), a polícia também disse suspeitar que os valores obtidos através dos golpes sejam muito maiores, pois, somente em 2019 e 2020, o homem movumentou mais de R$ 11 milhões. O suspeito de 40 anos, que não teve seu nome divulgado, foi preso na segunda-feira (25).

De acordo com o delegado Paulo Gondim, da Delegacia de Camaragibe e São Lourenço da Mata, Grande Recife, o suspeito havia sido indiciado por duas formas diferentes de golpes. Primeiro, ele oferecia os falsos investimentos em ações judiciais e, depois, passou a fazer as vendas falsas de iPhones que não existiam.

"Entre 2017 e 2019, ele prometia retorno de 10% ao mês, o que não existe no mercado, para resgate a partir do sexto mês, e convencia as vítimas a comprar ações na Justiça que já estariam transitadas em julgado, contra a Compesa [Companhia Pernambucana de Saneamento] e a Ceasa [Centro de Abastecimento e Logística do Estado de Pernambuco], segundo alegações dele", afirmou o delegado.

Ainda de acordo com Paulo Gondim, somente com essa modalidade de golpe o homem causou prejuízo de mais de R$ 2,8 milhões a cinco vítimas. Desde 2020, o criminoso migrou para o golpe do iPhone. Há, pelo menos ,16 boletins de ocorrência registrados contra ele, nas cidades de Camaragibe, Paulista, Olinda, Recife, na Região Metropolitana, e Gravatá, no Agreste.

"Entendemos que haja muito mais vítimas porque os prejuízos que foram registrados nas delegacias ultrapassam os R$ 3 milhões", disse o delegado.

O suspeito foi preso pela primeira vez em março deste ano, porém foi liberado em audiência de custódia. Nesta segunda-feira (25), ele foi detido após a emissão de um mandado de prisão preventiva.

"Quando ele foi preso em flagrante, no dia 4 de março, franqueou acesso dos policiais ao celular dele, e havia mais de 50 vítimas cobrando ou a restituição do valor pago pelo iPhone ou a entrega do produto, que, na verdade, não ocorreu nem uma coisa nem outra", declarou o delegado.

O homem preso tem pelo menos dois imóveis de luxo. Um deles está localizado em um condomínio Aldeia, na região de Camaragibe, e o outro está localizado nas chamadas "torres gêmeas", que são dois arranha-céus luxuosos no bairro de São José, na cidade do Recife.

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