A cumprir a palavra que deu aos principais líderes do partido, o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente do União Brasil, anuncia hoje que será candidato à vaga de Bolsonaro nas eleições de outubro. Isso significará o fim da chamada terceira via.
MDB, PSDB, Cidadania e União Brasil haviam se juntado para
escolher um nome que, com o seu apoio, se apresentaria como nem Lula nem Bolsonaro. Mas, pressionado pelo governo federal, Bivar
deu para trás. Com isso pretende ajudar Bolsonaro a se reeleger.
João Doria,
ex-governador de São Paulo, candidato do PSDB a presidente da República, amou a
decisão de Bivar. O União Brasil é o maior partido brasileiro, por isso mesmo o
mais rico, e dono do maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na
televisão.
Doria corria o risco de ser rifado, dando lugar a um nome de consenso dos quatro partidos. Agora, sente-se mais à vontade para ser candidato até o fim, salvo se em julho ou agosto próximos ainda estiver mal nas pesquisas de intenção de voto.
Hoje, Doria estará em Brasília para uma série de encontros e, à
noite, para jantar com a bancada de deputados federais do PSDB na casa do
deputado Adolfo Viana de Castro Neto (BA). Dos 24 deputados do partido, 16
apoiam Doria.
Na semana
passada, em conversa por telefone, Doria ouviu Baleia Rossi (SP), líder do MDB
na Câmara, dizer:
“A única coisa que eu tenho para entregar com certeza é a
candidatura a presidente da senadora Simone Tebet (MDB-MS)”.
Doria
respondeu:
“Que ótimo. Gosto muito dela. Simone seria uma excelente
candidata a vice”.
Com base em
que Doria apoiaria Simone? Por que capenga nas pesquisas? Simone também. Por
que seu índice de rejeição é o quarto mais alto? Bem, por tal critério, os três
mais rejeitados, Bolsonaro, Lula e Ciro Gomes, não deveriam se candidatar.
Vanusa, mulher,
negra e baiana, cozinheira de Doria, tem índice zero de rejeição. Por que ela
não poderia ser candidata? – brinca Doria. Simone governou Três Lagoas, cidade
de 123 mil habitantes. Só Sacomã, bairro da capital paulista, tem 132 mil
habitantes.
Um critério
de desempate entre Doria e Simone seriam as pesquisas eleitorais. Marca-se uma
data para isso. Escolhem-se três ou quatro pesquisas de respeitados institutos.
Tira-se a média. Quem estiver na frente será o candidato. Parece justo.
Ocorre que
com a fuga do União Brasil, o projeto da terceira via simplesmente está
condenado a ir para o espaço. (Via: Blog do Noblat)
Blog: O Povo com a Notícia