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quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Exército admite ter desistido de retirar acampamento no QG “por segurança”

O Exército Brasileiro admitiu ter desistido da retirada de estruturas do acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (29/12). Segundo a Força, a decisão foi tomada para “manter a ordem”.

“A atividade foi conduzida em coordenação com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), mas foi suspensa no intuito de manter a ordem e a segurança de todos os envolvidos”, disse a corporação, em nota.

A operação de retirada do acampamento contava com do Exército Brasileiro, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e servidores do DF Legal. Manifestantes bolsonaristas, no entanto, protestaram contra o desmonte das barracas.

Três veículos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), policiais militares de motos, um carro do Detran-DF e três automóveis da Secretaria de Proteção à Ordem Urbanística (DF Legal) passaram em frente ao QG.

O clima entre os manifestantes ficou tenso diante da possibilidade de um embate. Os extremistas ameaçaram quebrar carros do GDF e chutaram o veículo de um petista que passava pelo local. Veja:


Quando as forças de segurança e o DF Legal recuaram, o clima entre os acampados era de vitória. “A gente tira na mão qualquer um que aparecer aqui dentro para expulsar a gente”, comentou um bolsonarista.

Explicações

O comandante-geral da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira, disse, durante coletiva de imprensa para divulgar o esquema de segurança da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o cancelamento da operação de retirada ocorreu porque o Exército Brasileiro não conseguiria fazer a operação sozinho.

“A coordenação da operação é do Exército. Tínhamos 500 policiais militares em condições, e o Exército desistiu da operação. Optou por eles mesmos fazerem a retirada do local. Não houve falta de segurança de nenhum servidor. Eles tentaram [uma ação] com o DF Legal e, quando viram que os manifestantes seriam hostis, desistiram da operação por entender que o Exército conseguiria fazer a operação sozinho”, pontuou o oficial.

O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, disse que o Exército entendeu que conseguiria fazer a retirada sem a necessidade da cooperação.

Segundo o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, mesmo com o episódio o acampamento continua sendo desocupando e que as forças de segurança locais continuam à disposição. (Via: Conteúdo Metrópoles)

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