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quarta-feira, 31 de maio de 2023

No Ceará: Policial penal é afastado do cargo pela segunda vez após assediar advogadas

Acusado de assediar advogados, um policial penal foi afastado, outra vez, do seu cargo, após envio de ofício da Controladoria Geral de Disciplina enviado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Acima de tudo, esse documento indica que o agente está afastado dos plantões tradicionais e pode executar funções administrativas até a conclusão do processo interno.

No mais, ele perdeu o porte de arma. A nova denúncia acontece após o agente ser suspeito de assediar sexualmente uma advogada que atendia em uma unidade prisional da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Depois da denúncia da primeira vítima, pelo menos outras cinco advogadas que atuam no mesmo local enfatizaram ter passado por situações similares. 

A estratégia usada pelo policial penal era entrar em contato por ligações telefônicas e perfis falsos nas redes sociais.

“Eu não compreendo porque a CGD revogou a suspensão dele. Eu acredito que só suspenderam por um prazo de 120 dias, mas o delegado da DAI havia me garantido que esse homem não tem a menor condição de voltar a trabalhar diretamente com as advogadas”, lamentou uma das vítimas, em contato com o portal g1.

Detalhe

Essa mesma pessoa capturou a imagem do rosto do homem, após convencê-lo a realizar uma videochamada. O suspeito foi identificado como agente penitenciário da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL 2), em Itaitinga. 

Ela reforçou também que pediu a medida protetiva contra o policial penal, porém a solicitação não pode ser feita porque a situação acontece em ambiente de trabalho. Ainda conforme a publicação, outra advogada mencionou que recebeu as ligações telefônicas de um número oculto. 

"A pessoa ligou novamente dizendo que, ao me ver na unidade penitenciária em atendimento, ficou interessado e queria pagar R$ 2 mil para sair comigo, eu disse que não estava entendendo. Rebati dizendo que ele estava confundindo minha profissão, que eu era advogada e não garota de programa”, citou. 

O inquérito policial instaurado está sob condução da Delegacia de Assuntos Internos (DAI). Diligências estão em andamento para apurar a conduta do policial na seara criminal. A Ordem dos Advogados do Ceará alegou que está requerendo à CGD o afastamento cautelar imediato do policial penal através de medidas protetivas. 

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