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sábado, 25 de novembro de 2023

Monogamia na teoria, infidelidade na prática: Pesquisa revela perfil da não monogamia no Brasil

A plataforma mundial de encontros não monogâmicos, Gleeden, apresenta os resultados da pesquisa "O Mapa da Não Monogamia no Brasil", baseada em entrevistas com 1.036 brasileiros entre 23 de outubro e 1° de novembro de 2023. Os dados indicam que, apesar do conhecimento teórico sobre relações não monogâmicas, a preferência prática dos brasileiros ainda recai sobre a infidelidade.

A pesquisa destaca que 51% dos entrevistados prefeririam viver uma não monogamia em comparação aos 13% que optaram por serem monogâmicos e infiéis, enquanto 36% não têm uma opinião clara sobre o assunto.

Contudo, quando questionados sobre experiências pessoais, 81% afirmaram nunca ter participado de um relacionamento não monogâmico, indicando uma discrepância entre o desejo teórico e a prática efetiva. 

Além disso, a pesquisa revela que, embora a maioria dos entrevistados (63%) desaprove a infidelidade, 89% conhecem alguém que já foi infiel, evidenciando uma dicotomia entre comportamento desejado e observado.

Luciane Cabral, sexóloga do Gleeden no Brasil, destaca que, apesar do crescente interesse teórico na não monogamia, persistem tabus culturais e sociais, resultando em uma preferência pela infidelidade na prática. A pesquisa aponta para a necessidade de desconstruir preconceitos e promover discussões mais abertas sobre as relações não monogâmicas na sociedade brasileira.

“Há muito temor em assumir relações não monogâmicas, enquanto vemos muitas extraconjugais. Os relacionamentos não monogâmicos são frequentemente confundidos com a infidelidade. E, embora na teoria se acredite que é melhor estar numa relação não monogâmica, na prática as pessoas preferem ser infiéis”, pontua a sexóloga.

Perfil dos Entrevistados

A pesquisa envolveu 53% de mulheres e 47% de homens, abrangendo diferentes faixas etárias (21% de 18 a 24 anos, 36% de 25 a 40 anos, 31% de 41 a 60 anos, e 12% de 61 a 75 anos). Quanto ao estado civil, 45% são casados, 33% solteiros, e 11% namoram. A maioria reside em São Paulo (25%), seguido por Bahia (12%), Paraná (8%), Rio Grande do Sul e Goiás (ambos com 7%).

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