Após tomar conhecimento das críticas feitas pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), em vazamento do microfone da mesa diretora do plenário, classificando o discurso da governadora como 'merda', Raquel Lyra (PSDB) repudiou a fala do parlamentar e disse ter sofrido 'violência política' em visita à Casa, nesta quinta-feira (1º), no retorno dos trabalhos após o recesso.
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“Avalio que é algo lamentável a ser dito pelo presidente de um Poder. Fiz questão de estar na Assembleia, com todo o meu time de governo, para agradecer a Assembleia Legislativa pelo ano que passou, porque aprovamos, com muito diálogo, de maneira conjunta, os projetos enviados. É um ato lamentável de violência política o que se passou, às vezes é em gestos, em atitudes, em ações e hoje foi em voz", declarou Raquel Lyra a Rádio Transamérica.
A governadora enfatizou que o episódio desta quinta-feira só exemplifica as barreiras e as adversidades que as mulheres são obrigadas a superar num ambiente profissional e, principalmente, dentro da política. "Lamento porque isso não está à altura do que Pernambuco representa, um diálogo fora de propósito, mas que revela o que uma mulher sofre nos espaços de poder. Não baixo a cabeça pelas adversidades que se colocam, tudo que eu gostaria é que possamos ser respeitados pelos cargos que ocupamos e que a população possa nos julgar pelas ações do nosso governo”, finalizou Raquel Lyra.
Posicionamento de Álvaro Porto
Através de nota de esclarecimento, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, admite que utilizou uma expressão não condizente com o contexto e local ao avaliar o discurso da governadora Raquel Lyra; entretanto, "reafirma que considera o teor do discurso desconectado com a realidade vivida em Pernambuco".
O líder do Legislativo do Estado também afirmou "ter o direito e o dever de avaliar e criticar discursos que não correspondam à realidade observada". E que sua reação "é fruto de indignação em relação à falta de resultados do governo em questões sérias como saúde e segurança", dizia a nota. (Via: Jc Online)
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