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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Imagens mostram que assassinos de delator do PCC fugiram em ônibus

Os dois homens que executaram Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, fugiram em um ônibus após abandonarem as armas e o carro usados no crime, segundo fotos levantadas pela força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

As imagens foram feitas a partir de câmeras de segurança do veículo (veja abaixo). No entanto, os atiradores ainda não foram identificados. O carro usado pelo grupo criminoso — um Volkswagen Gol preto — foi localizado pela Polícia Militar, bem como as armas utilizadas na execução — três fuzis e uma pistola.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, pelo menos cinco pessoas estão envolvidas na execução de Gritzbach, direta e indiretamente. O único suspeito identificado até o momento é Kauê do Amaral Coelho, que teria avisado aos assassinos do delator do PCC, o momento em que ele se encontrava no saguão do aeroporto.

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O Gol preto foi filmado por câmeras de monitoramento antes do crime. O carro dá ao menos três voltas no acesso à plataforma de desembarque que seria usada por Gritzbach. Após o alerta do olheiro, o carro se deslocou para a frente de um ônibus da Guarda Civil Municipal, de onde a dupla de matadores desembarcou.

Plano do PCC

O PCC arquitetou o plano que resultou na execução de Antonio Vinícius Gritzbach, ocorrida no último dia 8, logo após ter desembarcado de um voo do Nordeste. Embora exista a suspeita da ligação de policiais no crime, Guilherme Derrite afirmou que não há dúvidas de que a facção “está envolvida na morte de Gritzbach”.

A vítima do atentado era jurada de morte por integrantes da maior organização criminosa do Brasil, segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP). Em delação premiada, ele detalhou como a facção lavava dinheiro, além de relatar extorsões sofridas por policiais civis. O motivo para ter sua cabeça a prêmio, no entanto, seria o envolvimento de Gritzbach no assassinato de duas figuras da facção em dezembro de 2021: o chefão Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, e seu motorista, Antônio Corona Neto, o Sem Sangue.

Cara Preta foi morto após passar a acusar Gritzbach de desviar parte de um investimento milionário da facção em criptomoedas. Depois disso, o corretor de imóveis teria sido ameaçado de morte por um dos líderes do PCC, Silvio Luiz Ferreira, conhecido como “Cebola”.

Olheiro identificado

Um dos principais elos entre o PCC e o assassinato de Gritzbach foi traçado após a identificação de Kauê do Amaral Coelho. Ele foi o olheiro que, com uma espécie de alarme, avisou os assassinos sobre o desembarque de Gritzbach no aeroporto, ao lado da namorada e de sua escolta, no saguão do Terminal 2 de Guarulhos.

Câmeras de monitoramento ajudaram a polícia a ter essa certeza. Um mandado de prisão foi expedido contra Kauê na sexta-feira (15/11), mas só foi confirmado pela SSP na última terça-feira.

Além de divulgar o nome e foto de Kauê, a pasta ofereceu uma recompensa de R$ 50 mil para quem der informações que ajudem a localizar e prender o olheiro.

Policiais civis e militares também são investigados pelo suposto envolvimento no crime. Todos foram afastados das ruas e seguem trabalhando em setores administrativos. Até o momento, nenhum envolvido no crime foi preso. (Via: Metrópoles)

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