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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

POLÍCIA CIVIL PRENDE MEMBRO DO NOVO CANGAÇO QUE ESTAVA MORANDO EM GARANHUNS

Em uma operação conjunta entre as polícias civis do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, Arivone Gonçalves da Silva, de 56 anos, conhecido como “Cabeludo”, foi preso nesta terça-feira (19), em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão definitiva expedido pela Vara Única da Comarca de Campo Grande (RN). Arivone foi condenado a 27 anos de prisão pelo duplo homicídio do agropecuarista Vicente Veras e de seu funcionário, Erismar, em 2003.

O crime ocorreu na região de Triunfo Potiguar (RN), quando as vítimas foram interceptadas por um grupo armado enquanto viajavam para Natal. Os criminosos, fortemente armados, usaram pistolas e fuzis no ataque. O nome de Arivone, associado a uma extensa ficha criminal, voltou ao radar das autoridades após ele ser localizado em Garanhuns, com a ajuda da Polícia Civil de Pernambuco.

Ligação com o “Novo Cangaço”

Apontado como integrante da quadrilha liderada por Valdetário Carneiro, precursor do “Novo Cangaço”, Arivone participou de uma série de crimes violentos em diferentes estados do Brasil, incluindo assaltos a bancos, homicídios e ataques orquestrados. Entre os episódios mais notórios, está o assalto simultâneo às agências do Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, em Macau (RN), no ano de 2002. A ação, que contou com cerca de 20 criminosos armados, resultou na morte do delegado Robson Luís de Medeiros Lira.

Além disso, Arivone foi envolvido no assassinato do então prefeito de Caraúbas, Agnaldo Pereira, em 2001. O caso, que também vitimou a esposa do prefeito, dois seguranças e um caseiro, ganhou repercussão nacional ao ser tema do programa Linha Direta, da TV Globo.

Histórico de Crimes e Repercussão

O condenado é ainda investigado por crimes em estados como Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, São Paulo e Bahia. Sua prisão representa um avanço no desmantelamento de organizações criminosas que marcaram o início dos anos 2000 com ações violentas e audaciosas, típicas do modus operandi do “Novo Cangaço”.

Após ser detido, Arivone foi encaminhado à delegacia para os procedimentos legais e, posteriormente, transferido para o Sistema Prisional de Pernambuco, onde ficará à disposição da Justiça.

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