Após quatro dias monitorando a costa do Litoral pernambucano, a equipe do barco Sinuelo conseguiu capturar, na manhã desta terça-feira (30), dois tubarões, sendo um da espécie lixa, com 2,35 metros, e outro da espécie tigre, de 1,10 metro. A embarcação deve retornar e encerrar as pesquisas na quarta-feira (31).
O lixa, que é considerado inofensivo para o ser humano, foi pescado no mar de Boa Viagem e, após ter sido notado que o animal já possuía o anel de monitoramento, devolvido à água. Já o Tigre, que foi encontrado no Paiva e é uma das espécies mais agressivas, não sobreviveu ao ferimento feito pelo anzol e acabou morrendo.
Linhas com anzóis foram colocadas no trecho compreendido entre as praias do Pina, na Zona Sul do Recife, até a praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. A embarcação, que passou sete meses parada por falta da liberação de verbas públicas, voltou a operar na última sexta-feira (26). Após a morte da turista paulista Bruna Gobbi, de 18 anos, o Governo liberou R$ 1,7 milhão para que os pesquisadores continuassem os trabalhos.
Projeto Sinuelo
As pesquisas são realizadas, desde 2004, por técnicos do Instituto Oceanário, Organização Não Governamental, com sede na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Com as duas espécies pescadas hoje, o número de tubarões capturados, em nove anos de operação do Sinuelo, subiu de 377 para 379. De acordo com o professor Fábio Azin, do Departamento de Pesca da UFRPE, o projeto consegue impedir 90% dos ataques de tubarão nas praias do Litoral do Estado.
Henrique Ferreira, com informações de Adulccio Lucena, da Folha de Pernambuco
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