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sexta-feira, 1 de abril de 2016

É o bandido pelo qual eu mais torço, diz Roberto Jefferson sobre Eduardo Cunha

Condenado a sete anos e 14 dias de prisão no processo do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson obteve perdão da pena no último dia 22 e se prepara para reassumir em 14 de abril, a presidência do PTB, atualmente ocupada por sua filha, a deputada Cristiane Brasil. Quer voltar ao comando partidário ainda durante o processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ao qual é favorável.

Pelos cálculos do petebista, 17 dos 19 deputados do partido deverão votar contra Dilma. O indulto acabou com proibições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como falar de política e só viajar com autorização judicial. Em entrevista ao Estadão, Jefferson, de 62 anos, volta à velha forma: mistura acusações a antigos aliados, ironia e lembranças do período de pouco mais de um ano em que ficou na prisão.

Jefferson diz que, na época do mensalão, não sabia, mas agora tem certeza de que o ex-presidente Lula sabia da corrupção que envolvia o PT e parlamentares da base. “Eu tive a impressão de que o mentor intelectual do mal era o Zé Dirceu [ex-deputado federal, condenado pelo mensalão e preso por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás]. Mas hoje (...) não tenho mais dúvida de que o Lula estava a par de tudo. Não aconteceu sem que o Lula soubesse. O Lula realmente sabia de toda essa corrupção e ele institucionalizou essa corrupção a partir dessa chefia do governo.”

Embora veja legitimidade no deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é investigado na Operação Lava Jato, para presidir a Câmara durante o processo do impeachment, Jefferson diz não ter dúvida de que o peemedebista será preso. “Eduardo é o bandido pelo qual eu mais torço”, diz. “Ele foi o adversário mais à altura do Lula. Lula nunca esperou encontrar um bandido da mesma qualidade moral, intelectual que ele”, ironiza.

Blog: O Povo com a Notícia