No dia em que o Brasil chegou a um novo
recorde diário de mortes confirmadas de covid-19, o ministro da Saúde, Nelson
Teich, reconheceu que há um agravamento da pandemia no País. O número de
óbitos chegou a 5.017, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta
terça-feira (28). Com esse novo marco, o País superou o total de óbitos registrado
na China (4.637), primeiro epicentro do novo coronavírus.
“Como
a gente tem uma manutenção desses números elevados e crescentes, a gente tem
que abordar isso como um problema, como uma curva que vem crescendo, como um
agravamento da situação”, afirmou Teich em coletiva de imprensa na noite desta
terça. Ele disse, contudo, que esse crescimento está restrito a cidades como
Manaus, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro.
Sobre
esses locais, o ministro afirmou que a pasta irá “continuar acompanhando e
vendo a evolução”.
De
acordo com o ministério, os casos confirmados na população brasileira somam
71.886, e a taxa de letalidade é de 7%.
Em 24
horas, de segunda (27) para esta terça-feira (28), foram 474 novos óbitos
confirmados, um aumento de 10,4%. No mesmo período, foram registrados 5.385
novos casos, um crescimento de 8,1%.
O
secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, informou que 146 das
mortes confirmadas nas últimas 24 horas ocorrem nos últimos 3 dias e que “boa
parte dos óbitos” já estava em investigação. Segundo ele, essas investigações
laboratoriais foram “concluídas e atualizadas”. Ele acrescentou Fortaleza (CE)
no rol de cidades com situação mais crítica, além das citadas por Teich.
Quanto
à resposta às demandas dos hospitais nos estados e municípios, o
secretário-executivo da pasta, Eduardo Pazuello, afirmou que “bastante coisa”
foi adquirida. De acordo com ele, a partir desta quarta-feira (29), 185
respiradores serão entregues aos locais mais afetados. Ele prometeu também a
entrega de kits de EPIs (equipamento de proteção individual) e novos contratos
de profissionais da saúde, mas não informou números.
Nesta
terça-feira, o ministro se reuniu com governadores da região Norte. Na quarta,
será a vez de encontros com chefes do Executivo do Sul e do Nordeste. Na
sequência, serão contemplados governos do Sudeste e Centro-Oeste. “A gente sabe
o quão difícil está sendo conseguir recursos como respiradores e EPIs no
mundo”, disse.
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