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quarta-feira, 29 de abril de 2020

Após Brasil ultrapassar China em mortes por covid-19, ministro da Saúde admite agravamento da pandemia


No dia em que o Brasil chegou a um novo recorde diário de mortes confirmadas de covid-19, o ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu que há um agravamento da pandemia no País. O número de óbitos chegou a 5.017, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (28). Com esse novo marco, o País superou o total de óbitos registrado na China (4.637), primeiro epicentro do novo coronavírus.

“Como a gente tem uma manutenção desses números elevados e crescentes, a gente tem que abordar isso como um problema, como uma curva que vem crescendo, como um agravamento da situação”, afirmou Teich em coletiva de imprensa na noite desta terça. Ele disse, contudo, que esse crescimento está restrito a cidades como Manaus, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro.

Sobre esses locais, o ministro afirmou que a pasta irá “continuar acompanhando e vendo a evolução”.

De acordo com o ministério, os casos confirmados na população brasileira somam 71.886, e a taxa de letalidade é de 7%. 

Em 24 horas, de segunda (27) para esta terça-feira (28), foram 474 novos óbitos confirmados, um aumento de 10,4%. No mesmo período, foram registrados 5.385 novos casos, um crescimento de 8,1%.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, informou que 146 das mortes confirmadas nas últimas 24 horas ocorrem nos últimos 3 dias e que “boa parte dos óbitos” já estava em investigação. Segundo ele, essas investigações laboratoriais foram “concluídas e atualizadas”. Ele acrescentou Fortaleza (CE) no rol de cidades com situação mais crítica, além das citadas por Teich.

Quanto à resposta às demandas dos hospitais nos estados e municípios, o secretário-executivo da pasta, Eduardo Pazuello, afirmou que “bastante coisa” foi adquirida. De acordo com ele, a partir desta quarta-feira (29), 185 respiradores serão entregues aos locais mais afetados. Ele prometeu também a entrega de kits de EPIs (equipamento de proteção individual) e novos contratos de profissionais da saúde, mas não informou números.

Nesta terça-feira, o ministro se reuniu com governadores da região Norte. Na quarta, será a vez de encontros com chefes do Executivo do Sul e do Nordeste. Na sequência, serão contemplados governos do Sudeste e Centro-Oeste. “A gente sabe o quão difícil está sendo conseguir recursos como respiradores e EPIs no mundo”, disse.

Blog: O Povo com a Notícia