O Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a pandemia da covid-19 irá durar muito tempo e, por isso, é necessário continuar os esforços para a sua contenção em todo o mundo. Segundo dados oficiais da OMS, a doença já provocou 675.060 mortos e infectou quase 17,4 milhões de pessoas em todo o mundo.
O grupo de cientistas, que se reuniu por videoconferência,
avaliou a evolução da pandemia de covid-19, tendo em conta toda a informação
científica que surgiu sobre o novo coronavírus nos últimos três meses, data da
última reunião.O Comité de Emergência da OMS é composto por 18 cientistas de
vários países.
"A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez em
cada século e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes”, disse o
diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao Comité, segundo um
comunicado da organização.
O responsável fez também um balanço do que tem acontecido,
salientando que “muitos países que pensavam que o pior já tinha passado estão
agora enfrentando novos surtos, outros que tinham sido menos afetados estão com
aumentos de casos e de óbitos, enquanto países que tiveram grandes surtos
conseguiram controlá-los”.
Recomendações
Entre as principais recomendações que o Comitê de Emergência
dirigiu à OMS está a necessidade de continuar a apoiar os países com serviços
médicos mais frágeis, bem como a necessidade de continuar a impulsionar as
investigações em curso para se encontrar um ou mais tratamentos e vacinas para
a covid-19. O objetivo é que, quando existir uma vacina, os países com menos
recursos não fiquem de fora por incapacidade de as comprar.Ou seja, defendeu o
Comitê, afirmando que a distribuição de vacinas deve ser a mais
equitativa possível.
Atualmente três potenciais vacinas (dos Estados Unidos, da
Inglaterra e China) estão na fase três dos ensaios clínicos, para testar a sua
segurança e eficácia.
A OMS referiu a este propósito que poderá ser possível que uma
vacina esteja pronta para comercialização “na primeira metade de 2021”.
Relativamente às viagens, o Comite indicou que os países devem
tomar medidas proporcionais e aconselhar os cidadãos em função dos riscos,
avaliando as suas informações de forma regular.
Por outro lado, recomendou que os serviços de saúde sejam reforçados para permitir a identificação de novos casos e o rastreio de contatos.
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