O complexo industrial da Bahia Mineração (Bamin), um projeto multibilionário lançado no segundo mandato de Lula e direcionado para a produção de minério de ferro na Bahia, pode começar a se materializar com apoio do Governo Federal.
A ideia é de que a empresa fique localizada na mina Pedra de Ferro, no município de Caetité (BA), entre o trecho da ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e do terminal portuário em Ilhéus (BA).
Segundo informações em reportagem do Estadão, a compra da companhia está sendo avaliada pela Vale. A liberação depende de recursos de instituições financeiras públicas ou de verbas do próprio orçamento, além do plano de aquisição da empresa.
Inclusive, já houve negociações para atrair sócios e adquirir investimentos da ordem de R$ 30 bilhões para o local, mas sem êxito. Atualmente, o valor mínimo ofertado é US$ 1,2 bilhão, o equivalente a R$ 6,5 bilhões.
A previsão é de que a venda seja feita por meio de um consórcio, incluindo a Cedro, uma mineradora de médio porte de Minas Gerais, e o BNDESPar, um setor de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que será avaliado em três fases: Mercado de Capitais, Infraestrutura e Indústria.
Em setembro deste ano, a mineradora baiana ficou à frente para receber um empréstimo de R$ 4,6 bilhões do Fundo da Marinha Mercante (FMM), que oferece carência de até quatro anos e o prazo de amortização a um prazo de até 20 anos. Os juros devem variar de 2% a 7%.
O empréstimo foi anunciado pelo governo em cerimônia com a presença do ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa, e do atual governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, além do ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos.
Para selar o relançamento do Programa de Aceleração do Crescimento, o novo PAC, foi feito um aporte de R$ 1,5 bilhão no primeiro trecho da Fiol. O presidente Lula prevê atrair financiamento público com a obra e pretende inaugurar até 2026. Ainda segundo informações do Estadão, com base em informações da Casa Civil, o valor investido será de R$ 6,9 bilhões, realizado até 2030.
O projeto deve ser composto pela Vale, com 50% a 60% do capital, a Cedro com 20% a 30%, e a BNDESPar com até 20%. Importante destacar que a Vale se interessou em 2022, quando a descarbonização passou a ser prioridade nas siderúrgicas.
Um dos fatores que impedem o avanço das obras é relacionado ao alto valor do investimento, por volta de R$ 27 bilhões a R$ 32 bilhões no câmbio atual, fazendo com que novos interessados se afastem.
Ainda assim, a Bamin vem buscando alternativas para viabilizar o financiamento. O projeto está contando com verbas do novo PAC e do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
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