O jovem italiano Carlo Acutis, conhecido como o “padroeiro da internet”, será canonizado no dia 27 de abril, em uma cerimônia marcada para a Praça de São Pedro, no Vaticano. A confirmação foi feita oficialmente pela Santa Sé, embora ainda não se saiba se o Papa Francisco, que se recupera de uma longa internação devido a uma dupla pneumonia, participará do evento.
Com a proximidade da canonização, as vendas online de supostas relíquias do futuro santo aumentaram, o que levou a Igreja Católica a acionar as autoridades italianas. No mês passado, o bispo Domenico Sorrentino solicitou à polícia o confisco desses itens e alertou que, caso se trate de fraudes, as vendas representam “grave ofensa à fé religiosa”.
Entre os objetos comercializados estava um tufo de cabelo atribuído a Acutis, oferecido por mais de 2 mil euros (cerca de R$ 12,8 mil), segundo informou a Diocese de Assis. O item, alegadamente autêntico, estava sendo vendido por um anunciante anônimo.
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Desde o anúncio da canonização, a cidade de Assis, na Itália, tem recebido um grande número de peregrinos. Fieis visitam a igreja onde está o corpo do adolescente, exposto em um santuário, vestido com tênis, jeans e moletom, roupas que usava no cotidiano.
“São Francisco e Santa Clara são santos muito importantes, mas parecem distantes da realidade dos adolescentes de hoje. Carlo é diferente. Ele é como os jovens, um quase santo do nosso tempo, que mostra que é possível amar Jesus sendo um adolescente comum”, disse Maria Rosario Riccio à agência Associated Press.
Quem era Carlo Acutis?

Carlo Acutis morreu em 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia. Conhecido por seu talento em tecnologia, ele usava a internet para compartilhar conteúdos religiosos e chegou a criar um site que catalogava milagres. Por isso, ficou conhecido como o “influencer da santidade”.
Em 2019, o Vaticano reconheceu o primeiro milagre atribuído a Carlo, quando ele supostamente curou uma criança doente no Mato Grosso do Sul, após ela tocar uma peça de roupa com seu sangue. O caso aconteceu em 12 de outubro de 2010, quatro anos após sua morte.
Em 2020, o Papa Francisco o declarou beato. Já em 2024, o pontífice reconheceu um segundo milagre, que foi a recuperação de uma jovem da Costa Rica, vítima de um grave acidente.