A Polícia Federal (PF) informou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro, tentou interceder junto ao consulado de Portugal para conseguir um passaporte português para o ex-tenente-coronel Mauro Cid, com o objetivo de facilitar sua saída do país. Cid é réu nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e firmou acordo de delação premiada.
Segundo a PF, a ação de Gilson teve como propósito interferir nas investigações, considerando a relevância de Cid como colaborador no caso. A Procuradoria recebeu a denúncia e iniciou apuração sobre o caso.
No ofício, a PF relatou que Gilson procurou o Consulado de Portugal em Recife — cidade onde reside — para solicitar a emissão do passaporte em nome de Cid, mas não obteve sucesso. A corporação alertou ainda para o risco de o ex-ministro buscar outras representações diplomáticas estrangeiras com o mesmo objetivo.
A PF também destacou que, em janeiro de 2023, antes de sua primeira prisão, Mauro Cid já havia procurado um serviço de assessoria para obter cidadania portuguesa.
Gilson Machado ainda não se pronunciou oficialmente, mas, em resposta ao jornal O Globo, negou as acusações: “Estou surpreso. Nunca fui atrás de nada a respeito de Mauro Cid. Tratei do passaporte para o meu pai", afirmou.
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Facebook e Instagram