A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) espionou o ex-sócio e amigo de Renan Bolsonaro, Allan Gustavo Lucena do Norte. A informação foi divulgada pelo Metrópoles, com base na investigação da Polícia Federal sobre "estrutura paralela de inteligência" durante o governo Jair Bolsonaro.
De acordo com documentos de setembro de 2020, o servidor Marcelo Bormevet afirmou que era preciso "explodir" Allan Lucena. A mensagem foi enviada a Giancarlo Gomes Rodrigues, que respondeu perguntando se o alvo estaria "detonando o PR", sigla utilizada para se referir ao Presidente da República.
Negativo. Tá iludindo o 04 (apelido de Renan Bolsonaro) do PR. Mas o cara é viado, drogado e rubroneca (flamenguista gay)", respondeu Bormevet.
Ainda de acordo com as apurações da PF, as ações visavam proteger a imagem da família presidencial, além de controlar possíveis fontes de constrangimento e também obter vantagens político-pessoais.
Ao todo, foram indiciadas 34 pessoas no inquérito da Abin Paralela. Entre eles, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), também filho de Jair Bolsonaro, e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que chefiou a Polícia Federal durante parte do mandato do ex-presidente.
Lucena ganhou notoriedade devido a relação com Renan Bolsonaro. Eles chegaram a ser sócios de uma empresa e Lucena frequentemente acompanhava Renan em eventos. Em 2021, o empresário foi citado em investigações sobre possível tráfico de influência envolvendo Renan.
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