Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, nesta quinta-feira (7), cumpriu em Pernambuco dez mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra integrantes de um grupo criminoso que usava aplicativos de relacionamento para extorquir vítimas. Detentos do Presídio de Igarassu, que recentemente foi alvo de investigação da Polícia Federal contra corrupção, também participavam do esquema.
A Operação Igarassu, como foi denominada, indicou que os prejuízos às vítimas são estimados em mais de R$ 100 mil. Em geral, os alvos dos criminosos eram homens.
"Eles [criminosos] criavam perfis falsos de mulheres bonitas, atraentes, em sites de relacionamento. As vítimas começavam a conversar e, em determinado momento, os criminosos entravam em contato por telefone e falavam: 'Olha, você está tendo um relacionamento com a mulher de um de um membro de uma facção criminosa e o Tribunal do Crime decretou sua morte'. A partir daí, faziam esse temor e pediam transferências em dinheiro", explicou o delegado Renato Lourenço, da Polícia Civil do Distrito Federal.
Ao menos três detentos do Presídio de Igarassu foram identificados com participação direta nos golpes, reforçando que a unidade prisional continua sem qualquer controle do Estado.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas transferiam, em média, de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Mas houve casos em que os valores chegaram a R$ 20 mil. Somente no Distrito Federal, 32 vítimas já foram identificadas. Também há casos de extorsões em Pernambuco, disse o delegado.
ALERTA ÀS INFORMAÇÕES NAS REDES SOCIAIS
"Os criminosos pareciam ter informações das vítimas, até como ferramenta que eles usavam para causar mais temor, porque a vítima passava a acreditar realmente naquelas ameaças. Fica o alerta às pessoas para evitarem expor dados pessoais nas redes sociais. Muitas vezes essas informações acabam caindo na mão de criminosos", pontuou Lourenço.
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