Depois de três anos e onze meses de muita angústia e luta por parte da família, os cinco réus envolvidos no assassinato do médico pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, morto a tiros em Barra, no oeste da Bahia, em 2021, foram condenados. O julgamento aconteceu na quarta-feira (27), após dois dias de júri popular no Fórum de Xique-Xique, município que localizado na mesma região.
Diego Santos Silva, acusado de ser o mandante do crime, teve uma pena de 31 anos e 4 meses de prisão; Jefferson Ferreira Gomes da Silva, acusado de ser o executor do crime teve uma pena de 26 anos e 4 meses de prisão; Ranieri Magalhães Bonfim Borges acusado de ser o piloto que levou Jefferson, pegou 20 anos de prisão; Adeilton de Souza Borges, acusado de ser olheiro que estava na clínica para vigiar o pediatra teve uma prisão de 21 anos decretada e Fernanda Lima da Silva, também acusada de ser olheira, teve uma condenação de 21 anos de prisão.
Todas as decisões cabem recurso e as defesas dos suspeitos afirmaram que vão recorrer. "Hoje a gente amanheceu mais leve, sem o peso da impunidade. Tiraram uma carga pesada que a gente carregava há quase quatro anos", comentou o engenheiro agrônomo e advogado, Geraldino Gustavo. O cirurgião-dentista Lula Teixeira, outro irmão da vítima, também celebrou o resultado do júri.
"O que nós queríamos era ter nosso irmão vivo. Era não ter passado por isso, mas diante do acontecido, a gente agradece a Justiça, a Deus e as pessoas que nos fortaleceram desde os primeiros dias", afirmou o irmão.
O júri popular começou na quarta-feira (27) por volta das 11h com a presença dos réus, advogados, jurados e familiares de Júlio César. No primeiro dia, foram ouvidos as testemunhas e no segundo dia os réus foram interrogados. Em seguida, começou os debates.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu a condenação dos réus e pugnou pelo não reconhecimento da atenuante de confissão em relação a Jefferson Ferreira Gomes da Silva. (Matérias relacionadas, clique aqui).
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