O sorteio da Mega-Sena, que acontece em 31 de dezembro de 2025, promete distribuir o maior prêmio da história do concurso: R$ 1 bilhão. Para muitos brasileiros, a chance de ganhar uma "bolada" como essa pode ser vista como uma oportunidade única de mudar de vida. No entanto, como revelou o jornal O Globo, há uma "maldição" que ronda alguns vencedores dessa loteria, cujas histórias acabam em tragédias inesperadas, golpes e até mortes misteriosas.
Um exemplo recente dessa triste realidade é o caso de Antônio Lopes de Siqueira, de 70 anos, que faleceu em 4 de dezembro de 2025, vítima de uma parada cardiorrespiratória ainda sem causas definitivas. Antônio havia ganhado R$ 201 milhões na Mega-Sena, mas morreu de forma repentina pouco mais de um mês após o prêmio. Durante sua última visita ao dentista, ele faleceu, e segundo familiares, o tratamento odontológico seria um dos primeiros gastos após o grande sorteio.

O que parecia ser uma vida de sonhos logo se transformou em um pesadelo também para Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, que em 2020 ganhou R$ 47,1 milhões na Mega-Sena. Apenas dois anos depois, em setembro de 2022, Jonas foi encontrado morto, com sinais de tortura, em um matagal às margens da Rodovia dos Bandeirantes, interior de São Paulo. Investigações indicaram que sua morte foi premeditada, possivelmente por pessoas próximas, com o intuito de extorquir o milionário.
Em 2025, um caso ainda mais estranho chamou a atenção: um homem foi encontrado morto em um hotel de Curitiba com um bilhete premiado da Mega-Sena no valor de R$ 398 mil. Embora a morte tenha sido considerada natural, com suspeita de infarto, o bilhete premiado foi um detalhe curioso na investigação. A Polícia Civil não chegou a abrir um inquérito formal, pois as evidências apontaram para uma causa de morte natural.
Além dos golpes e tragédias naturais, alguns ganhadores também foram vítimas de violência. Um exemplo é o caso de Miguel Ferreira de Oliveira, de 50 anos, que ganhou R$ 39 milhões na Mega-Sena em 2011. O milionário foi morto em fevereiro de 2018 durante uma seresta em Campos Sales, Ceará, com três disparos de arma de fogo. O assassino, identificado como Antônio Pedro dos Santos, foi preso e confessou o crime.

Outro caso chocante envolveu René Senna, um ex-lavrador do Rio Bonito (RJ), que ganhou sozinho R$ 51,8 milhões em 2005. Em 2007, René foi assassinado a tiros enquanto estava em um bar. Embora o crime tenha sido cometido por dois homens em uma moto, a verdadeira motivação só foi revelada mais tarde: testemunhas indicaram que o assassinato pode ter sido encomendado por sua própria esposa, Adriana Almeida, que foi condenada a 20 anos de prisão em 2018.

Já em Cuiabá (MT), em 2010, o ganhador Fábio Leão Barros teve sua vida ameaçada por seu próprio pai, Francisco Serafim Barros, após ganhar R$ 28 milhões em 2006. Francisco tentou contratar pistoleiros para matar o filho e ficar com o dinheiro, mas o crime foi frustrado quando os assassinos foram detidos pela polícia. Francisco foi preso, mas posteriormente libertado. O caso teve um desfecho judicial, com os dois entrando em acordo após o escândalo.

Não menos trágico, Fredolino José Pereira, de 71 anos, que ganhou a Mega-Sena em 2018 no município de Viamão (RS), teve sua fortuna de mais de R$ 10 milhões roubada por dois golpistas: seu ex-sócio e a namorada dele. Ambos foram acusados de apropriação indébita e lavagem de dinheiro, com o ex-sócio também enfrentando acusações de estelionato e falsificação de documentos públicos.
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