Delegado da Polícia Civil Magno Neves em Petrolina (Foto: Amanda Franco/ G1)
O
primeiro trimestre de 2015 apresentou um aumento no número de homicídios de 59%
em relação ao mesmo período do ano passado em Petrolina, no Sertão pernambucano.
Dos crimes, metade está relacionada ao tráfico de drogas, segundo investigação
da Polícia Civil.
Delegada Sara Machado da Polícia Civil em
Petrolina (Foto: Amanda Franco/ G1)
Nos três meses, Petrolina teve 35 homicídios em 2015,
enquanto em 2014 o número foi de 22. Em abril, até esta terça-feira (7), foram
registrados mais dois casos de morte violenta que ocorreram no último final de
semana, resultando em um total de 37 mortes no ano. Até a mesma data do ano
passado, abril tinha registrado um homicídio, ficando no total de 23, 14 a
menos que 2015.
De acordo com a responsável pela
Delegacia de Homicídios em Petrolina, Sara Machado, as investigações indicam
que os últimos crimes ocorridos são por disputa de territórios e conflitos
entre os grupos de tráfico. “Existe muita disputa territorial entre os
traficantes, pois quando você tem o combate desta criminalidade, a tendência é
eles entrarem em atrito. A curto prazo a gente tem estes altos números, mas a
longo prazo existe uma estabilização”, explicou Sara Machado.
Investigações
da morte do PM: O delegado da 26ª Delegacia de
Polícia Civil, Magno Neves, que também está responsável por investigações sobre
as mortes na cidade, explica que em algumas delas o inquérito já foi concluído,
como do policial militar assassinado na madrugada do dia 1º de março por
usuários de drogas. Segundo o delegado, quatro pessoas estão envolvidas no
crime. Uma delas foi morta dias após o homicídio e a polícia afirma que não há
informações sobre a motivação. Os outros três estão foragidos e já estão com
mandados de prisão preventiva decretados.
“Nós chegamos a estas pessoas após
analisar as imagens das câmeras de segurança do local que indicavam as pessoas
que estavam cercando o policial dentro do bar e dos veículos que foram
captados. Depois disso, identificamos os donos, os veículos e quem estavam com
eles no momento”, disse.
O suspeito de ter atirado e matado o
policial já era foragido no estado da Bahia e contra ele havia um mandado de
prisão em aberto pelo crime de homicídio.
Investigação
do tiroteio à casa de shows: Segundo o delegado Magno Neves, o
policial militar da Bahia suspeito de ter atirado em duas pessoas em uma casa
de shows no Bodódromo, no bairro Areia Branca, no dia 28 de fevereiro, está em
liberdade. O caso corre em segredo de justiça e, por isso, não foi possível dar
mais informações.
O policial estava em uma festa e,
durante uma briga, puxou a arma e atirou contra um homem, de 40 anos, que
morreu dias depois no Hospital Universitário. A outra pessoa atingida foi uma
segurança da casa de shows que teve ferimento na virilha. Ela foi medicada e
liberada em seguida. (G1 Petrolina)
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