Os investimentos mais conservadores de renda fixa, como poupança e CDB, passaram a atrair a atenção dos investidores desde meados do ano passado, quando o BC (Banco Central) iniciou o processo de alta dos juros. Com o novo aumento divulgado nesta quarta (04), elevando a Selic a 12,75% ao ano, eles tendem a ganhar ainda mais atratividade.
Segundo levantamento realizado por Andrew Storfer,
diretor de economia da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças),
com o novo patamar da taxa básica de juros, um investimento de R$ 1.000 no
título público pós-fixado Tesouro Selic renderia ao aplicador um montante de
aproximadamente R$ 106,32, considerado um intervalo de 12 meses.
Já a poupança tem o pior retorno entre as opções analisadas, mesmo sem ter desconto do Imposto de Renda.
O valor considera uma taxa de juros de 12,89% da aplicação e já desconta a incidência da alíquota de IR (Imposto de Renda) de 17,5% para os investimentos resgatados dentro do prazo de um ano.
Pelos cálculos da Anefac, os CDBs (Certificados
de Depósitos Bancários) de bancos de médio porte representam a opção mais
vantajosa dentre as principais alternativas, devolvendo ao investidor que
aplicar R$ 1.000,00 no prazo de um ano o valor de R$ 115,71, descontado o IR na
fonte. Nesse caso, os juros considerados são de 14,03% ao ano. No caso dos
grandes bancos, o valor recebido de volta após 12 meses seria de R$ 97,82,
mediante a aplicação de juros de 11,86%.
"Evidentemente os bancos menores propõem
uma taxa de remuneração maior, e, nesse caso, o investidor deve ficar atento
para procurar estar garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito)", diz
o diretor da associação.
O FGC oferece a cobertura no limite de até R$
250 mil por CPF ou CNPJ para assegurar a aplicação do investidor em caso de
eventuais problemas que as instituições financeiras venham a enfrentar.
POUPANÇA NA LANTERNA
Já a poupança segue com o rendimento inalterado
em 6,17% ao ano, mais a TR (Taxa Referencial), mesmo com a nova alta da taxa
Selic.
A remuneração da poupança é de 0,5% ao mês
sempre que a Selic estiver acima de 8,5% ao ano. Já quando a taxa básica é de
até 8,5%, o rendimento da poupança equivale a 70% da Selic.
Os dados da Anefac mostram que, mesmo sendo o investimento mais popular do país, a poupança oferece o pior retorno entre todas as opções analisadas, apesar de ser isenta do IR.
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