O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma análise da sua ascensão à presidência da República e volta ao poder nas eleições de 2022. Em entrevista a Mário Kertész na Metrópole nesta quinta-feira (17), ele reforçou que pode ser considerado parte do povo por não fazer parte da elite que comandou o país em governos anteriores.
"A política era assim: o povo votava em fazendeiro, advogado, sociólogo. Todo mundo ligado à chamada classe dominante, a chamada elite política brasileira. Eu sou a única mudança que houve nesse país. Alternância de poder, devo isso ao povo. Eu digo sempre nos comícios que eu faço é que eu não sou o Lula, eu sou a encarnação desse povo na presidência da república. Eles não me veem como se eu fosse um diferente, eles me veem como um deles que está lá", disse o presidente.
"Eu sei o que o povo sente. Por que um cara da elite vai sentar numa mesa para fazer o orçamento e pensar no pobre? Ele não pensa, ele pensa em quem está no comitê todo dia fazendo pressão. Quem chega no presidente é a elite, não é o pobre. Eu sou o único presidente da República que os catadores de papel entra dentro do palácio, que as prostitutas entram, que os deficientes entram e que o cão-guia entra com os portadores de deficiência visual", afirmou.
"Por que eu faço isso? Porque eu sou resultado dessa gente, se não fosse eles, eu não estava aqui. Não acredito que um banqueiro ou um grande empresário tenha votado em mim. Trato eles com muito respeito e carinho, mas sei que quem vota em mim é o povo lascado desse país", declarou.
