A Operação Integração está gerando repercussão no cenário da justiça e da música sertaneja. A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, deu o sinal verde para que a Polícia Civil de Pernambuco utilize um avião Cessna Citation XLS, apreendido durante a operação. As informações são do portal Splash UOL.
A aeronave, que teve Gusttavo Lima como um de seus proprietários, é apenas uma das peças de um quebra-cabeça que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo casas de apostas e atividades ilegais.
O pedido de autorização foi feito pelo delegado Paulo Gondim, que está à frente das investigações. Na decisão, a juíza enfatizou que a utilização das aeronaves pela polícia atende ao interesse público, visando a eficácia nas atividades de investigação. O Cessna, um modelo popular entre empresários e celebridades, foi fabricado em 2008.
As investigações indicam que a aeronave foi vendida duas vezes: inicialmente para a Esportes da Sorte por 6 milhões de dólares (aproximadamente R$ 32,8 milhões) e, posteriormente, para a JMJ Participações Ltda., detentora da VaideBet, por R$ 33 milhões. As transações levantam suspeitas de lavagem de dinheiro. O avião foi retido pela Polícia Civil em 4 de setembro durante uma operação no aeroporto de Jundiaí, em São Paulo.
Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa no dia 15 de setembro, após as investigações apontarem sua relação com jogos ilegais e a VaideBet, onde teria 25% de participação desde julho de 2024. Contudo, a polícia suspeita que o cantor tenha sido sócio da empresa antes dessa data. A VaideBet também foi envolvida em um escândalo de patrocínio ao Corinthians, o que gerou novas polêmicas.
A Operação Integração investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro ligado a cassinos online e ao jogo do bicho. Embora não vise diretamente os sites de apostas, a operação apura o uso dessas plataformas para esconder receitas de atividades ilícitas. Entre os presos está Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte, cuja família também é investigada.
Deolane Bezerra e sua mãe, Solange, foram detidas em 4 de setembro por suspeita de envolvimento no esquema, mas tiveram a prisão revogada na semana passada. Ambas afirmam serem inocentes.
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