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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Saiba como o esquema da "Abin Paralela" favoreceu os filhos de Jair Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou, na última quarta-feira (18), o sigilo do inquérito que apura sobre o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de forma clandestina. De acordo com o inquérito conhecido como “Abin Paralela”, o órgão público foi usado para investigar e espionar opositores de Jair Bolsonaro.  

De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), os filhos do ex-presidente, Jair Renan, Carlos e Flávio Bolsonaro foram beneficiados com o esquema. Entre as ações apontadas pelas autoridades, estão medidas para atrapalhar investigações da PF sobre perseguição de servidores da Receita Federal. 

“As ações clandestinas, portanto, tinham seus produtos delituosos destinados ao interesse deste núcleo com ataques direcionados a adversários e ao sistema eleitoral, dentre outros”, disse a PF em nota. 34 pessoas foram indiciadas pelo esquema. 

Carlos Bolsonaro

Um dos indiciados pelo esquema, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), é apontado como beneficiário direto das informações coletadas de forma ilegal. Entre as principais informações obtidas estavam relacionadas a investigações que pudessem atingir seu núcleo político e familiar. 

Segundo a PF, o filho 02 do ex-presidente também é tido como um dos idealizadores do esquema, sendo responsável pela articulação e disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. 

Jair Renan Bolsonaro

De acordo com o inquérito, o filho 04 do ex-presidente foi beneficiado ao atrapalhar as investigações da polícia federal, que apurava um suposto favorecimento do “interesse de empresários” que operavam no ramo de construção civil. Segundo as investigações, o vereador de Balneário Camboriú teria recebido um veículo elétrico como “pagamento”.

“A ação de contrainteligência realizada para neutralizar a investigação da Polícia Federal foi determinada pelo Gabinete de Segurança Institucional do Palácio do Planalto, chefiado pelo general Augusto Heleno, ao então diretor Alexandre Ramagem Rodrigues”, diz um trecho do inquérito. 

Flávio Bolsonaro

Já o senador foi apontado por usar a agência para descobrir “podres e relações políticas” de autoridades da Receita Federal, com o objetivo de descredibilizá-los. Na época, o filho 01 de Bolsonaro era investigado sobre, supostamente, promover fraudes fiscais. A agência também teria sido usada para evitar as investigações sobre as “rachadinhas”.

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