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quinta-feira, 27 de junho de 2013

PM pode ficar cego após ser atingido por pedra em protesto no Recife

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Um cabo da Polícia Militar de Pernambuco corre o risco de ficar cego após ser atingido por uma pedra no rosto em tumulto no protesto que parou o Recife na tarde e na noite dessa quarta-feira (26). Além dele, outros dois PMs ficaram feridos enquanto atuavam na manifestação. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Defesa Social (SDS) nesta quinta (27), em coletiva de imprensa para falar sobre a ação policial no 2º Ato Nacional, mobilização na Avenida Agamenon Magalhães que durou mais de três horas, porém terminou sem atingir o objetivo de entregar a pauta de reivindicações ao Governo do Estado.
O cabo da Radiopatrulha foi identificado pela assessoria de imprensa da SDS como Antônio Raimundo. Segundo a secretaria, ele estava de óculos no momento em que levou a pedrada. Com o impacto, as lentes quebraram e estilhaços teriam cortado o seu olho. Não foram divulgadas informações sobre o local onde a confusão ocorreu nem a unidade de saúde onde o policial está internado.

O comandante do 12º Batalhão, Artis Gadelha, também foi atingido por uma pedra na cabeça. O capitão Sérgio Costa, que trabalha na Diretoria Integrada Metropolitana, foi ferido na perna esquerda com uma pedrada.
O ato começou nessa quarta antes das 16h, a hora marcada pelas redes sociais para a caminhada, na Praça do Derby. Fechando Agamenon Magalhães, os manifestantes seguiram em direção à sede provisória do Governo de Pernambuco, o Centro de Convenções, com a intenção de entregar uma pauta com 13 reivindicações, sendo a primeira e principal o passe livre para estudantes e trabalhadores desempregados. No entanto, não formaram a comissão com até 10 representantes exigida pelo governo, que desistiu de recebê-los e enviou uma nota à imprensa afirmando que a pauta “apresentada pelo movimento é legitima e já está praticamente atendida por ações concretas definidas pelo governo de Pernambuco antes e independentemente dos protestos”.
Alguns grupos que, segundo alguns manifestantes, não fazem parte do movimento seguiram para outros pontos da área central do Recife e houve depredação de ônibus e estabelecimentos, incluindo uma agência bancária. Muitas pessoas foram detidas para averiguação e acusaram a PM de agir com truculência. Quatro estudantes foram autuados em flagrante. Por não conseguirem pagar a fiança estipulada em R$ 2,5 mil e R$ 5 mil, dois deles foram encaminhados a unidades prisionais estaduais. 
Blog: O Povo com a Notícia
Fonte: (NE10)