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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Delegado que atirou em ambulante em PE é indiciado por lesão corporal gravíssima; vítima teve perna amputada

O delegado Luiz Alberto Braga foi indiciado por lesão corporal gravíssima por ter atirado no ambulante Emmanuel Apory, de 26 anos, em Fernando de Noronha, no dia 5 de maio. O jovem teve a perna direita amputada após ser atingido por dois tiros em uma briga com o policial em uma festa de samba na ilha.

A conclusão do inquérito pela Polícia Civil foi confirmada ao g1, nesta quinta-feira (29), pelo delegado Marcos de Castro, que comandou a investigação em conjunto com o delegado Sérgio Ricardo Vasconcelos.

"O delegado Luiz Alberto Braga foi indiciado por lesão corporal gravíssima. Nós remetemos o inquérito ao promotor de Fernando de Noronha, Fernando Matos”, declarou Marcos de Castro, que preferiu não dar detalhes sobre o relatório final da investigação.

Luiz Alberto Braga brigou com Emmanuel Apory no Forte dos Remédios (veja vídeo abaixo). O motivo do desentendimento seria ciúmes por causa de uma mulher. O morador da ilha passou por quatro cirurgias, no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área central do Recife, para onde foi transferido após ser levado ao Hospital São Lucas, em Noronha.

O que dizem as defesas dos envolvidos

O advogado do delegado Luiz Braga, José Augusto Branco, enviou ao g1 uma nota sobre o indiciamento. “É absurda a postura dos delegados, que não se atêm aos fatos nem às provas cabais — especialmente o vídeo do momento do fato — os quais comprovam que Luiz Alberto agiu em legítima defesa sucessiva”, disse.

Ainda no texto, José Augusto Branco acrescentou que os delegados que investigaram o caso, para "dar uma satisfação à opinião pública, promovem esse indiciamento absurdo, o que demonstra que os delegados de Pernambuco estão totalmente desamparados no exercício de suas funções no combate ao crime”.

O advogado Anderson Flexa, que defende Emmanuel Apory, também comentou a conclusão do inquérito. “Um grande passo já foi dado: reconhecer que a ação do delegado foi ilegítima, que não houve assédio ou importunação por parte do Emmanuel, e que não é causa de legítima defesa do delegado Luiz Alberto”, declarou.

Anderson Flexa também repassou informações sobre o andamento do processo. “Ainda é preciso convencer os promotores de que se trata de uma tentativa de homicídio, essa é a nossa tese e com certeza é aquela que vamos lutar até o fim. Vencemos um luta, mas ainda tem uma grande batalha pela frente”, afirmou.

Promotoria

O relatório da Polícia Civil com a conclusão do inquérito foi encaminhado ao promotor Fernando Matos, que está de férias, mas falou com o g1 sobre o encaminhamento do caso.

“Por conta das minhas férias, eu ainda não recebi a conclusão do inquérito. Devo retornar a Noronha no dia 6 de junho. Vou averiguar se será necessária alguma diligência complementar ou não. Se estiver tudo certo, o próximo passo será elaborar a denúncia, se é lesão corporal grave, ou gravíssima ou tentativa de homicídio”, disse o promotor Fernando Matos. (Via: G1 PE)

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